Page 177 - dan brown - o símbolo perdido_revisado_
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segredo
se esconde
dentro da Ordem
Eight Franklin Square
Será que existe algum tipo de Ordem na Franklin Square? Algum prédio que esconde a entrada
de uma longa escada em espiral?
Langdon não tinha a menor ideia se havia ou não algo enterrado naquele endereço. O
importante era que ele e Katherine haviam decifrado a pirâmide e agora tinham a informação necessária
para negociar a libertação de Peter.
E bem na hora.
Os ponteiros brilhantes do seu relógio de Mickey Mouse indicavam que restavam menos de 10
minutos.
— Dê o telefonema — falou Katherine, apontando para o aparelho na parede da cozinha. —
Agora!
A chegada súbita daquele momento deixou Langdon alarmado, e ele se pegou hesitando.
— Nós temos certeza disso?
— Eu tenho, absoluta.
— Não vou dizer nada para ele até sabermos que Peter está seguro.
— É claro que não. Você se lembra do número dele, não é?
Langdon assentiu e se encaminhou para o telefone da cozinha. Ergueu o fone e discou o
número do celular do homem. Katherine se aproximou e pôs a cabeça junto à dele para poder ouvir.
Quando o telefone do outro lado começou a tocar, Langdon se preparou para o sussurro sinistro do
homem que o havia enganado.
Por fim, a ligação foi completada.
No entanto, ninguém disse “alô”. Não se ouviu voz alguma. Apenas o ruído de uma respiração
do outro lado.
Depois de esperar um pouco, Langdon falou:
— Tenho a informação que você quer, mas só vou revelá-la se nos devolver
— Quem está falando? — respondeu uma voz de mulher.
Langdon levou um susto.
— Robert Langdon — respondeu ele por reflexo. — E a senhora, quem é? — Por um instante,
ele achou que poderia ter discado o número errado.
— Seu nome é Langdon? — A mulher soava surpresa. — Alguém aqui perguntou pelo senhor.
O quê?
— Desculpe, mas quem está falando?
— Agente Paige Montgomery, da Preferred Security. — Ela parecia nervosa. — Talvez o senhor
possa nos ajudar. Há mais ou menos uma hora, minha colega atendeu a um chamado de emergência
em Kalorama Heights... uma possível situação com reféns. Eu perdi o contato com ela, então chamei
reforços e vim verificar o imóvel. Encontramos minha colega morta no quintal dos fundos. O proprietário
não estava, então arrombamos a casa. Havia um celular tocando na mesa do hall e eu...
Peter.
— A senhora está dentro da casa? — perguntou Langdon.
— Estou... e a denúncia feita ao disque-emergência... procedia — gaguejou a mulher. —
Desculpe se estou parecendo abalada, mas minha colega está morta, e encontramos um homem
mantido aqui à força. O estado dele é grave, e estamos prestando os primeiros socorros. Ele perguntou
por duas pessoas: uma chamada Langdon e outra, Katherine.
— É o meu irmão! — exclamou Katherine, colando sua cabeça à de Langdon. — Fui eu que
liguei para a emergência! Ele está bem?
— Na verdade, senhora, ele está... — A voz da mulher falhou. — O estado dele é grave. Ele teve
a mão direita cortada...
— Por favor — pediu Katherine —, quero falar com ele.
— Ele está sob cuidados agora. Não está conseguindo se manter consciente. Se estiver por
perto, é melhor vir até aqui. Seu irmão quer vê-la.
— Nós estamos a uns seis minutos daí! — disse Katherine.
— Então sugiro que se apressem. — Houve um ruído abafado ao fundo e logo em seguida a
mulher voltou a falar. — Desculpe, parece que estão precisando de mim. Conversamos quando
chegarem.
A ligação foi cortada.