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— Sra. Solomon, minha prioridade é prender esse homem na Franklin Square, e a senhora vai
ficar aqui sentada com um de meus homens até eu fazer isso. Então, e só então, vamos nos preocupar
com seu irmão.
— A senhora não está entendendo — disse Katherine. — Sei exatamente onde esse homem
mora! Fica a cinco minutos daqui, em Kalorama Heights, e lá existem provas que poderão ajudá-la!
Além do mais, a senhora disse que não quer que este caso vaze. Sabe-se lá o que Peter vai dizer às
autoridades quando o estado dele se estabilizar.
Sato contraiu os lábios, aparentemente processando o argumento de Katherine. Do lado de fora,
as hélices do helicóptero começaram a girar. A diretora franziu o cenho, virando-se em seguida para um
de seus homens.
— Hartmann, pegue o Escalade. Leve a Sra. Solornn e o Sr. Langdon ate Kalorama Heights.
Peter Solomon não deve falar com ninguém. Entendido?
— Sim, senhora — respondeu o agente.
— Me ligue quando chegar lá para dizer o que encontrou. E não perca esses dois de vista.
O agente Hartmann fez um rápido meneio de cabeça, tirou a chave do Escalade do bolso e
seguiu em direção à porta.
Katherine foi atrás dele.
Sato se virou para Langdon.
— Vejo o senhor em breve, professor. Sei que está achando que o inimigo sou eu, mas posso
garantir que isso não é verdade. Vá encontrar Peter imediatamente. Isto aqui ainda não terminou.
Ao lado de Langdon, o decano Galloway estava sentado diante da mesa de centro sem dizer
nada. Suas mãos haviam encontrado a pirâmide de pedra dentro da bolsa de couro aberta, e ele corria
os dedos pela superfície morna.
— Reverendo, o senhor vem conosco? — disse Langdon.
— Eu só iria atrasá-los. — Galloway retirou as mãos da bolsa e fechou o zíper por cima da
pirâmide. — Vou ficar aqui e rezar pela recuperação de Peter. Podemos todos conversar mais tarde.
Mas, quando o senhor mostrar a pirâmide a ele, poderia lhe dizer uma coisa por mim?
— Claro. — Langdon colocou a bolsa no ombro.
— Diga a ele que — Galloway pigarreou — a Pirâmide Maçônica sempre guardou seu segredo...
deforma sincera.
— Não entendi.
— Apenas diga isso a Peter — disse o velho sorrindo. — Ele vai entender.
Com essas palavras, o decano abaixou a cabeça e começou a rezar.
Langdon saiu apressado. Katherine já estava sentada no banco do carona explicando o caminho
ao agente. Langdon sentou no banco de trás e mal teve tempo de fechar a porta antes de o gigantesco
veículo disparar pelo gramado na direção norte, rumo a Kalorama Heights.
CAPÍTULO 93
A Franklin Square fica no quadrante noroeste do centro de Washington, ladeada pelas ruas K e
13. A praça abriga muitos prédios históricos, em particular a Franklin School, de onde Alexander
Graham BeH enviou, em 1 880, a primeira mensagem por telégrafo do mundo.
Bem acima da praça, um helicóptero UH-60 se aproximou depressa pelo lado oeste, tendo
percorrido em poucos minutos a distância da Catedral Nacional até ali. Tempo de sobra, pensou Sato
ao olhar para a praça lá embaixo. Ela sabia que era fundamental que os agentes assumissem suas
posições sem serem vistos, antes de o alvo chegar. Ele disse que iria demorar pelo menos 20 minutos.
Obedecendo às ordens de Sato, o piloto deixou os passageiros no telhado do edifício mais alto
das redondezas — o famoso One Franklin Square, um imenso e prestigioso prédio de escritórios
encimado por duas torres. A manobra era ilegal, é claro, mas o helicóptero só ficou alguns segundos ali,
e seu patim de aterrissagem mal tocou o piso de cascalho. Assim que todos saltaram, o piloto levantou
voo imediatamente, inclinando-se para leste, direção na qual subiria até uma “altitude silenciosa” para
dar cobertura invisível lá de cima.
Sato esperou a equipe de campo juntar suas coisas e preparar Bellamy para a missão. O
Arquiteto ainda parecia atordoado pelo que vira no laptop da diretora do ES. Como eu disse... uma