Page 233 - dan brown - o símbolo perdido_revisado_
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Katherine seguiu examinando os recortes de jornal, todos relacionados à família Solomon — os
          sucessos de Peter, a pesquisa de Katherine, o terrível assassinato de sua mãe, Isabel, e todo o alarde
          em torno do uso de drogas, da prisão e do assassinato brutal de Zachary Solomon em um presídio na
          Turquia.
                 A  obsessão  daquele  homem  pelos  Solomon  ia  além  do  fanatismo,  mas  Katherine  ainda  não
          tinha visto nada que sugerisse por quê.
                 Foi então que se deparou com as fotografias. A primeira delas mostrava Zachary com água azul-
          turquesa até os joelhos, de pé em uma praia salpicada de casas caiadas de branco. Isso é a Grécia?
          Ela imaginou que a foto só poderia ter sido tirada durante a louca temporada que o sobrinho passara na
          Europa  e  que  culminara  em  sua  prisão.  No  entanto,  estranhamente,  Zach  tinha  um  aspecto  mais
          saudável do que nas fotos dos paparazzi, que mostravam um jovem emaciado farreando com outros
          drogados. Parecia mais em forma, mais forte, mais maduro. Katherine não se lembrava de algum dia tê-
          lo visto tão saudável.
                 Intrigada, verificou a data impressa na foto.
                 Mas... é impossível.
                 A data era quase um ano depois de Zachary ter morrido na prisão.
                 De repente, Katherine começou a percorrer desesperada a pilha de fotos.
                 Todas  mostravam  Zachary  Solomon...  envelhecendo  pouco  a  pouco.  A  coleção  parecia  uma
          espécie de autobiografia pictográfica, registrando uma lenta transformação. À medida que as imagens
          avançavam, Katherine notava uma drástica mudança. Via, horrorizada, o corpo de Zachary sofrer uma
          metamorfose,  os  músculos  ficando  mais  salientes  e  os  traços  do  rosto  se  deformando  graças  ao
          evidente  uso  pesado  de  anabolizantes.  Sua  estrutura  pareceu  dobrar  de  tamanho  e  uma ferocidade
          assustadora surgiu em seu olhar.
                 Não consigo reconhecer esse homem!
                 Ele não se parecia em nada com as lembranças que Katherine tinha do jovem sobrinho.
                 Quando chegou a uma fotografia dele de cabeça raspada, sentiu os joelhos fraquejarem. Então
          viu uma foto de seu corpo nu... adornado com os primeiros sinais de tatuagens.
                 Seu coração quase parou.
                 — Ah, meu Deus...




          CAPÍTULO 120


                 — Dobre à direita! — gritou Langdon do banco do carona do Lexus confiscado pela CIA.
                 Simkins  fez  uma  curva  fechada,  pegando  a  Rua  S  e  seguindo  em  disparada  por  um  bairro
          residencial margeado de árvores. Quando se aproximaram da esquina da Rua 16, a Casa do Templo
          surgiu qual uma montanha à direita.
                 O agente ergueu os olhos para a imensa estrutura. Era como se alguém tivesse construído uma
          pirâmide no alto do Panteão de Roma. Ele se preparou para dobrar à direita na Rua 16, em direção à
          entrada do prédio.
                 — Não, não vire aqui! — ordenou Langdon. — Siga em frente! Continue na Rua S.
                 Simkins obedeceu, mantendo-se paralelo à face leste do prédio.
                 — Dobre à direita na Rua 15! — disse Langdon.
                 O agente seguiu as instruções de seu copiloto e, pouco depois, Langdon apontou para uma rua
          não asfaltada e quase invisível que cortava os  jardins atrás da Casa do Templo. O agente pegou o
          acesso e acelerou o Lexus rumo aos fundos do prédio.
                 —  Olhe!  —  disse  Langdon,  apontando  para  o  solitário  veículo  estacionado  junto  à  porta  dos
          fundos. Era um furgão grande. — Eles estão aqui.
                 Simkins estacionou o Lexus e desligou o motor. Em silêncio, desceram do carro e se prepararam
          para entrar. O agente ergueu os olhos para a estrutura monolítica à sua frente.
                 — A Sala do Templo fica no último andar?
                 Langdon aquiesceu e apontou para o topo do prédio.
                 — Na verdade, aquela área plana no topo da pirâmide é uma claraboia.
                 Simkins se virou para encarar Langdon.
                 — A Sala do Templo tem uma claraboia?
                 Langdon lançou-lhe um olhar estranho.
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