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Langdon abriu a boca para falar, mas a diretora Inoue Sato já havia virado as costas e andava
          pelo estacionamento em direção ao helicóptero que a aguardava.
                 Simkins olhou por cima do ombro com uma expressão impassível.
                 — Os senhores estão prontos?
                 —  Na  verdade  —  disse  Solomon  —,  espere  um  instantinho  só.  —  Ele  sacou  um  pequeno
          pedaço de pano escuro dobrado que entregou a Langdon. — Robert, eu gostaria que você pusesse isto
          aqui antes de partirmos.
                 Intrigado, Langdon examinou o pano. Era de veludo preto. Ao desdobrá-lo, percebeu que estava
          segurando uma venda maçônica — a tradicional venda de um iniciado do grau 1. Mas que diabo é isto?
                 — Eu prefiro que você não veja para onde estamos indo — disse Peter.
                 Langdon se virou para o amigo.
                 — Você quer me vendar durante o trajeto?
                 Solomon sorriu.
                 — Meu segredo. Minhas regras.





          CAPÍTULO 127


                 Do lado de fora da sede da CIA, em Langley, soprava uma brisa fria. Nola Kaye tremia enquanto
          seguia Rick Parrish pelo pátio central da agência sob a luz do luar.
                 Para onde Rick está me levando?
                 A  crise  do  vídeo  sobre  os  rituais  maçônicos  tinha  sido  evitada,  graças  a  Deus,  mas  Nola
          continuava aflita. O arquivo editado na partição de disco reservada ao diretor da CIA permanecia um
          mistério, e isso a atormentava. Ela e Saio conversariam pela manhã, e Nola queria dispor de iodos os
          fatos, por isso acabara pedindo ajuda ao especialista em segurança de sistemas.
                 Agora, enquanto seguia Rick para algum lugar desconhecido ali fora, Nola não conseguia tirar da
          cabeça as expressões bizarras do arquivo.
                 Uma  localização  subterrânea  secreta  onde...  lugar  em  Washington,  D.C.,  as  coordenadas...
          revelou  um  antigo  portal  que  conduzia.., que  a pirâmide  reserva  perigosas...  decifrar  esse  symbolon
          gravado para revelar...
                 — Nós, dois concordamos — disse Parrish enquanto caminhavam — que o hacker que obteve
          essas  palavras  usando  um  spider  certamente  estava  procurando  informações  sobre  a  Pirâmide
          Maçônica.
                 É claro, pensou Nola.
                 —  Só  que  o  hacker  topou  com  uma  faceta  da  Pirâmide  Maçônica  que  acho  que  ele  não
          esperava.
                 — Como assim?
                 — Nola, sabe o fórum de discussão interna que o diretor da CIA mantém para os funcionários da
          agência compartilharem suas ideias sobre todo tipo de coisa?
                 — É claro que sei.
                 Os fóruns  ofereciam  um  ambiente seguro  para o  pessoal  da  agência  conversar  on-line  sobre
          vários assuntos, proporcionando ao diretor uma espécie de portal virtual para sua equipe.
                 — Os fóruns do diretor são armazenados na partição pessoal dele, mas, para que funcionários
          de  qualquer  nível  de  acesso  possam  participar,  essas  discussões  ficam  fora  do  firewall  confidencial
          dele.
                 —  Aonde  você  está  querendo  chegar?  —  perguntou  ela  enquanto  os  dois  dobravam  uma
          esquina perto do refeitório da agência.
                 — Em uma palavra... — Parrish apontou para a escuridão. — Ali.
                 Nola  olhou  para  cima.  Do  outro  lado  da  praça  à  sua  frente,  uma  imensa  escultura  de  metal
          cintilava sob o luar.
                 Em uma agência que se gabava de ter mais de 500 obras de arte originais, aquela escultura —
          chamada Kryptos — era de longe a mais famosa. A obra do artista norte-americano James Sanborn,
          cujo título significa “oculto” em grego, se tornara uma espécie de lenda ali na CIA.
                 A peça consistia em um imenso painel de cobre que parecia um S deitado, como uma parede
          curva de metal. Gravadas na ampla superfície da escultura havia quase 2 mil letras... organizadas em
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