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Anderson devolveu o rádio para o segurança à sua frente. O homem sacou a xerox de uma
planta e a entregou ao chefe.
— O SBB está indicado aqui, senhor, e nós marcamos com um X a sala SBB13, de modo que
não deve ser difícil encontrá-la. A área é bem pequena.
Anderson agradeceu e voltou sua atenção para a planta enquanto o rapaz ia embora apressado.
Langdon continuou olhando à sua volta, surpreso ao constatar a espantosa quantidade de cubículos
que formavam o bizarro labirinto debaixo do Capitólio.
Depois de estudar a planta por alguns instantes, Anderson aquiesceu e a guardou no bolso.
Virando-se para a porta onde estava escrito SBB, chegou a erguer a chave, mas novamente hesitou,
parecendo pouco à vontade com o fato de abri-la. Langdon tinha ressalvas semelhantes; não fazia ideia
do que havia atrás daquela porta, porém estava bastante certo de que, fosse qual fosse o objeto que
Solomon havia escondido ali, ele queria mantê-lo privado. Muito privado.
Sato pigarreou e Anderson entendeu o recado. O chefe respirou fundo, inseriu a chave na
fechadura e tentou girá-la. Ela não se moveu. Durante uma fração de segundo, Langdon teve
esperanças de que aquela fosse a chave errada. No entanto, na segunda tentativa, a fechadura girou e
Anderson empurrou a porta para abri-la.
Quando a pesada porta se abriu com um rangido, uma rajada de ar úmido entrou no corredor.
Langdon deu uma espiada lá para dentro, mas não conseguiu ver nada na escuridão.
— Professor — disse Anderson, olhando para trás na direção de Langdon enquanto tateava às
cegas à procura de um interruptor. Respondendo à sua pergunta, o S de SBB não significa Senado.
Significa sub.
— Sub? — indagou Langdon, sem entender.
Anderson assentiu e acendeu o interruptor ao lado da porta. Uma única lâmpada iluminava uma
escadaria assustadoramente íngreme que descia rumo ao mais completo breu.
— SBB quer dizer subbasement. É o segundo subsolo do Capitólio.
DESENHO: PLANTA BAIXA DOS SUBSOLOS
CAPÍTULO 33
O especialista em segurança de sistemas Mark Zoubianis afundava cada vez mais em seu futon
e olhava de cara feia para as informações no monitor de seu laptop.
Que raio de endereço é esse?
Suas melhores ferramentas de hacker não estavam surtindo efeito nenhum na tentativa de
acessar o arquivo ou identificar o misterioso endereço de IP de Trish. Dez minutos já haviam se
passado e o programa de Zoubianis continuava a lutar em vão contra os firewalls da rede. As
esperanças de sucesso pareciam escassas. Não é de espantar que estejam me pagando mais do que o
normal. Ele estava prestes a mudar de ferramenta e usar uma abordagem diferente quando seu
telefone tocou.
Trish, pelo amor de Deus, eu disse que ia ligar para você. Ele cortou o som do jogo de futebol e
atendeu.
— Oi.
— Mark Zoubianis? — perguntou um homem. — De Kingston Drive, 357, em Washington?
Zoubianis pôde ouvir conversas abafadas ao fundo. Um operador de telemarketing ligando
durante o jogo? Eles ficaram malucos?
— Deixe-me adivinhar: ganhei uma semana de férias em uma ilha do Caribe?
— Não — respondeu a voz sem nenhum pingo de humor. — Aqui é o departamento de
segurança de sistemas da CIA. Gostaríamos de saber por que o senhor está tentando invadir uma das
nossas bases de dados confidenciais.
Três andares acima do segundo subsolo do Capitólio, na ampla área do centro de visitantes, o
agente de segurança Nuñez trancou a porta de acesso principal como fazia toda noite naquela mesma
hora. No caminho de volta pelo vasto piso de mármore, pensou no homem tatuado vestido com o
casaco militar.
Eu o deixei entrar. Nuñez se perguntava se ainda teria emprego no dia seguinte.