Page 77 - dan brown - o símbolo perdido_revisado_
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Anderson  devolveu  o  rádio  para  o  segurança  à  sua  frente.  O  homem sacou  a  xerox  de  uma
          planta e a entregou ao chefe.
                 — O SBB está indicado aqui, senhor, e nós marcamos com um X a sala SBB13, de modo que
          não deve ser difícil encontrá-la. A área é bem pequena.
                 Anderson agradeceu e voltou sua atenção para a planta enquanto o rapaz ia embora apressado.
          Langdon continuou olhando à sua volta, surpreso ao constatar a espantosa quantidade de cubículos
          que formavam o bizarro labirinto debaixo do Capitólio.
                 Depois  de  estudar  a  planta  por  alguns  instantes,  Anderson  aquiesceu  e  a  guardou  no  bolso.
          Virando-se para a porta onde estava escrito SBB, chegou a erguer a chave, mas novamente hesitou,
          parecendo pouco à vontade com o fato de abri-la. Langdon tinha ressalvas semelhantes; não fazia ideia
          do que havia atrás daquela porta, porém estava bastante certo de que, fosse qual fosse o objeto que
          Solomon havia escondido ali, ele queria mantê-lo privado. Muito privado.
                 Sato  pigarreou  e  Anderson  entendeu  o  recado.  O  chefe  respirou  fundo,  inseriu  a  chave  na
          fechadura  e  tentou  girá-la.  Ela  não  se  moveu.  Durante  uma  fração  de  segundo,  Langdon  teve
          esperanças de que aquela fosse a chave errada. No entanto, na segunda tentativa, a fechadura girou e
          Anderson empurrou a porta para abri-la.
                 Quando a pesada porta se abriu com um rangido, uma rajada de ar úmido entrou no corredor.
                 Langdon deu uma espiada lá para dentro, mas não conseguiu ver nada na escuridão.
                 — Professor — disse Anderson, olhando para trás na direção de Langdon enquanto tateava às
          cegas à procura de um interruptor. Respondendo à sua pergunta, o S de SBB não significa Senado.
          Significa sub.
                 — Sub? — indagou Langdon, sem entender.
                 Anderson assentiu e acendeu o interruptor ao lado da porta. Uma única lâmpada iluminava uma
          escadaria assustadoramente íngreme que descia rumo ao mais completo breu.
                 — SBB quer dizer subbasement. É o segundo subsolo do Capitólio.



          DESENHO: PLANTA BAIXA DOS SUBSOLOS


          CAPÍTULO 33

                 O especialista em segurança de sistemas Mark Zoubianis afundava cada vez mais em seu futon
          e olhava de cara feia para as informações no monitor de seu laptop.
                 Que raio de endereço é esse?
                 Suas  melhores  ferramentas  de  hacker  não  estavam  surtindo  efeito  nenhum  na  tentativa  de
          acessar  o  arquivo  ou  identificar  o  misterioso  endereço  de  IP  de  Trish.  Dez  minutos  já  haviam  se
          passado  e  o  programa  de  Zoubianis  continuava  a  lutar  em  vão  contra  os  firewalls  da  rede.  As
          esperanças de sucesso pareciam escassas. Não é de espantar que estejam me pagando mais do que o
          normal.  Ele  estava  prestes  a  mudar  de  ferramenta  e  usar  uma  abordagem  diferente  quando  seu
          telefone tocou.
                 Trish, pelo amor de Deus, eu disse que ia ligar para você. Ele cortou o som do jogo de futebol e
          atendeu.
                 — Oi.
                 — Mark Zoubianis? — perguntou um homem. — De Kingston Drive, 357, em Washington?
                 Zoubianis  pôde  ouvir  conversas  abafadas  ao  fundo.  Um  operador  de  telemarketing  ligando
          durante o jogo? Eles ficaram malucos?
                 — Deixe-me adivinhar: ganhei uma semana de férias em uma ilha do Caribe?
                 —  Não  —  respondeu  a  voz  sem  nenhum  pingo  de  humor.  —  Aqui  é  o  departamento  de
          segurança de sistemas da CIA. Gostaríamos de saber por que o senhor está tentando invadir uma das
          nossas bases de dados confidenciais.
                 Três andares acima do segundo subsolo do Capitólio, na ampla área do centro de visitantes, o
          agente de segurança Nuñez trancou a porta de acesso principal como fazia toda noite naquela mesma
          hora.  No  caminho  de  volta  pelo  vasto  piso  de  mármore,  pensou  no  homem  tatuado  vestido  com  o
          casaco militar.
                 Eu o deixei entrar. Nuñez se perguntava se ainda teria emprego no dia seguinte.
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