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externa), e termina com a reflexão sobre as vantagens da RSE.

                         Este  documento  é  revelador  do  espírito  do  CES  que  se  diz  preparado  para
                  participar no debate e acolher iniciativas sobre práticas de RSE.

                   2.2.  Algumas Iniciativas

                                                                                         20
                         Em 2003, foi realizado um estudo com 123 empresas portuguesas , organizado
                  pela Universidade de Aveiro, pela Faculdade de Economia e Gestão da Universidade

                  Católica Portuguesa (Porto) e pela Associação Empresarial de Portugal, em que 72 por

                  cento  dos  inquiridos  são  favoráveis  à  ideia  de  ter  um  código  de  conduta.  Contudo,
                  somente 53,8 por cento dos responsáveis das empresas que não têm código de conduta

                  acham  importante  a  sua  difusão  externa.  É  provável  que  este  desinteresse  se  deva  a

                  pouca sensibilização para a matéria (Rego et al., 2007b).
                         Questionados sobre o que deve levar a organização a assumir a responsabilidade

                  social, 56,1% respondeu que “é isso que se deve fazer” e 34,6% referiu que “é uma boa
                  estratégia”. Ou seja, a maioria revela vontade em assumir a RSE, mas será que saberão

                  como é que se implementa a RSE?
                                                                      21
                         Um  estudo  concebido  pela  Sair  da  Casca ,  em  2004,  “A  percepção  da
                  responsabilidade  social  em  Portugal”  referia  que  na  esfera  pública  não  existe  uma

                  visão  integrada da responsabilidade social. Esta  é tratada por entidades diferentes de
                  acordo com áreas de especialidade: saúde, ambiente, trabalho, etc. As associações, as

                  ONG  e  os  sindicatos,  principalmente  estes,  conhecem  bem  a  questão  e  mostram  um
                  grande empenhamento. Em relação aos consumidores, o seu comportamento só sofre

                  alteração quando julgam que os temas relacionados com a RSE são importantes. Trata-
                  se de uma relação causa e efeito que influencia o comportamento dos cidadãos e que

                  determina  o  seu  comportamento  enquanto  consumidores,  colaboradores,  etc.  A  nível

                  empresarial, a RSE ganha alguma relevância nas estratégias das grandes empresas que
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                  constituem uma minoria . Contudo, ainda não é abordada de uma forma integrada e
                  continuada.  As  medidas adoptadas são pontuais  e  não são (normalmente) partilhadas

                  com os cidadãos.
                                                                                  23
                         Esta  conclusão  é  bastante  similar  à  do  estudo  da  Cecoa ,  “Responsabilidade


                  20
                    A dimensão da amostra e a metodologia adoptada não permite garantir que é representativa da realidade
                  portuguesa (Rego et al., 2007b).
                  21
                    Vide www.sairdacasca.com
                  22
                    O tecido empresarial português é composto maioritariamente por PME, mais concretamente 99,6%,
                  criando 75,2% dos empregos. Vide www.iapmei.pt (consultado em 2 de Setembro de 2009).
                  23
                    Vide PINTO, G. (2004) – Responsabilidade Social das Empresas – Estado da arte em Portugal – 2004,
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