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Social  das  Empresas-  Estado  da  Arte  em  Portugal-2004”,  coordenado  por  Cristina

                  Dimas, que refere que a atitude, de uma maneira geral, e a falta de informação sobre a
                                                                                   24
                  RSE, em particular, é bastante notória, sobretudo ao nível das PME .
                         De igual modo, nestes dois estudos, contrariamente ao que se passa nos outros

                  países, é visível que os cidadãos portugueses ainda estão pouco familiarizados com a
                  importância  do  DS  e  da  RSE,  sendo  admissível  que  no  futuro,  as  alterações  das

                  exigências dos cidadãos e dos consumidores venham a criar uma maior pressão sobre as
                  empresas a que estas terão de responder (Rego et al., 2007b).

                         Uma iniciativa que forneceu alguns dados importantes sobre a RSE em Portugal
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                  foi o projecto “Ser PME Responsável” . Tendo como objectivo identificar práticas de
                  RSE  nas  PME,  o  projecto  teve  várias  fases:  (1)  foi  elaborado  um  questionário  pré-

                  diagnóstico  e  enviado  para  cerca  de  400  empresas  para  ser  preenchido  durante  um
                  determinado  período  temporal  (17  de  Março  de  2005  a  19  de  Abril  de  2005);  (2)

                  seguiram-se entrevistas aos responsáveis das PME, com base na análise dos resultados
                  de pré-diagnóstico, optando-se pelas empresas que apresentavam alguma relevância na

                  adopção  de  práticas  de  responsabilidade  social;  (3)  finalmente,  foram  realizadas

                  entrevistas focalizadas de grupo (focus group) com o intuito de auscultar a pertinência
                  do projecto.

                         Verificou-se  que o conceito de RSE é entendido pelos responsáveis das PME de
                  uma forma vaga, imprecisa e parcial. De um modo geral, a responsabilidade social é

                  vista  como  uma  vantagem  para  a  empresa.  Contudo,  os  custos  inerentes  à

                  implementação  de  uma  estratégia  de  responsabilidade  social  nas  empresas  é  a
                  desvantagem que tem mais peso para os inquiridos (25 %).

                         A maior parte dos entrevistados (52%) acha que a responsabilidade social deve
                  ser implementada em toda a empresa ao mesmo tempo, não sendo lógico haver várias

                  políticas na mesma empresa.
                         Apesar do conhecimento desta temática não estar suficientemente sólido entre os

                  responsáveis  das  empresas,  a  opinião  manifestada  sobre  a  responsabilidade  social  é

                  positiva, o que permite uma maior disponibilidade e motivação para a implementação
                  de práticas de responsabilidade social na empresa.


                  Coord. Cristina Dimas, Cecoa, Lisboa.
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                    Vide SANTOS, M. J. et al. (2007) – Responsabilidade Social nas PME, Editora RH, Lisboa.

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                    Vide http://www.iapmei.pt/iapmei-art-02.php?id=209&temaid=26 (consultado em 5 de Setembro de
                  2009).

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