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natureza da actividade empresarial e a particularidade do contexto em que se desenrola
requerem uma versão aligeirada da ética privada (Rego et al.,2007b).
3.3. A ética empresarial no ensino superior
O primeiro curso sobre ética empresarial foi ministrado em 1915 na Harvard
Bussiness School, embora só a partir de meados dos anos oitenta é que as escolas de
gestão tomaram o assunto a sério, devido aos escândalos de várias empresas, como a
Drexel Burnham, Lambert, Guiness, Solomon Brothers, Robert Maxwell, Recruit,
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Olivetti, Fiat, etc. .
A temática, outrora afastada da comunidade académica de gestão, começa a ser
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vista como um pilar nuclear da formação do gestor .
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Segundo o “Beyond Grey Pinstripes” , um ranking bianual das escolas de
negócios internacionais publicado pelo Aspen Institute e o World Resources Institute, o
número de escolas que exigem aos seus estudantes que se inscrevam em cadeiras de
ética, responsabilidade social, desenvolvimento sustentável e áreas semelhantes cresceu
34 por cento em 2001 para 63 por cento em 2007.
É óbvio que as reformas no ensino das escolas de negócios são sempre difíceis
de medir. A referida research cobre apenas programas de MBA. Contudo, aos futuros
gestores será exigido que integrem as preocupações sociais e ambientais nas empresas
que irão trabalhar. As escolas de negócios deverão formar profissionais competentes,
mas que reflictam sobre os impactos das suas acções e das acções das suas empresas.
A integração da ética e da responsabilidade social como cadeiras obrigatórias
dos curricula consiste num enorme desafio para as instituições de ensino e compreende
três fases: em primeiro lugar, disponibilizarem-nas como disciplinas opcionais, depois
transformá-las em módulos obrigatórios e, por último, integrá-las em cursos chave
como Estratégia, Finanças ou Contabilidade. (H.Oliveira, 2007).
Em Portugal, existem já várias instituições de ensino de ensino superior que
leccionam disciplinas e cursos sobre ética e/ou responsabilidade social, sendo os centros
de investigação das áreas da engenharia os que têm tido um papel mais activo na
investigação sobre áreas da responsabilidade social, nomeadamente no domínio
ambiental (I.Sardinha, 2007). De igual modo, nos cursos ligados às ciências
empresariais é possível verificar algumas mudanças.
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The Economist (1993) citado por J.C.Neves (2008).
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Mahoney (1990); Pizolatto & Bevil (1996); Baetz e Sharp (2004) citados por Rego et al. (2007b).
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Vide http://www.beyondgreypinstripes.org (consultado em 30 de Maio de 2009).
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