Page 76 - DEUS É SOBERANO - A. W. Pink
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          plr morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais
          pura  si  mesmos,  mas  para  aquele  que  por  eles  morreu  e
          rp*,suscitou”.  Ele não somente morreu, mas também ressus­
          citou, e assim o fizeram “todos” aqueles em favor dos quais
          lílc morreu, pois aqui se diz que os tais  “vivem”.
                 Aqueles  em  lugar  de  quem  um  substituto  age  são
          legalmente considerados como se eles mesmos tivessem agido.
          Perante a lei, o substituto e aqueles a quem ele representa são
          um só. Assim também se dá diante do Senhor Deus. Cristo se
          Identificou com o seu povo, e o seu povo foi identificado com
          lile. Portanto, judicialmente falando, quando Cristo morreu,
          eles  morreram  também;  quando  Cristo  ressuscitou,  eles
          lambém ressuscitaram.  Mas,  além disto,  esta passagem nos
          informa  (v. 17)  que  se  alguém está em Cristo,  é  uma  nova
          criatura;  recebeu  vida  nova  de  fato,  não  somente  como
          dispositivo legal;  por essa razão,  “todos”  aqueles em favor
          dos quais  Cristo morreu são ordenados a não viverem mais
          para  si  mesmos,  “mas  para  aquele  que  por  eles  morreu  e
          ressuscitou”.  Em outras palavras,  aqueles  que são contados
          entre esses  “todos”,  em favor de quem Cristo morreu,  aqui
          são exortados a manifestar de maneira prática, na vida diária,
          aquilo  que já  é judicialmente  verdadeiro  a  respeito  deles:
          devem viver para Cristo, que “por eles morreu”. Assim define
          a expressão “rnnmoneupor todos”. Esses “todos”, em favor
         dos  quais  Cristo  morreu,  são  os  que  “vivem”  e  aos  quais
         também  se  ordena  que  vivam para  Cristo.  Essa passagem,
         portanto, ensina-nos três verdades importantes, mas que, para
         melhor ficar demonstrado o seu escopo,  serão mencionadas
         na ordem inversa. Certas pessoas são aqui exortadas a viverem
         não  mais  para  si  mesmas,  mas  para  Cristo;  essas  pessoas
         assim admoestadas são “os que vivem”, isto é, possuem vida
         espiritual, e, portanto, são filhos de Deus, pois somente eles,
         dentre toda a raça humana, possuem vida espiritual, ao mesmo
         tempo  que todos  os  demais  estão  mortos nos  seus  delitos  e
         pecados;  os que de fato  “vivem”  dessa maneira são aqueles
         — os “todos”, os “eles” — em favor dos quais Cristo morreu
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