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P         pedir ajuda para poder crescer. Às vezes a única coisa que atrapalha é achar que
          P

                  pedir é sinal de fraqueza.




                      PRINCÍPIO ESPIRITUAL: Até mesmo aqueles que conseguem o que querem
                                             precisam pedir o que necessitam.





                                           OS TERAPEUTAS E AS LÂMPADAS



                                                 "Quem tem ouvidos, ouça."
                                                         Mateus 11:15



                  Conheço uma antiga piada que diz: "Quantos terapeutas são necessários para
                  mudar uma lâmpada queimada? Nenhum. Ela precisa querer mudar.”
                  Embora seja preciso que os outros nos ajudem a crescer, também é necessário que
                  tenhamos vontade de fazê-lo. É comum não querermos realmente crescer porque
                  isso significaria ter que examinar o que existe dentro de nós, e tememos o que
                  poderíamos ver.
                  Kaitlyn foi criada para manter tudo em segredo. Ninguém na escola deveria ter
                  conhecimento do caos e da vergonha que reinavam no seu lar. Quando chegava em
                  casa, ela nunca sabia se iria encontrar a mãe desmaiada no chão da cozinha ou em
                  que estado o pai estaria. Sem saber como lidar com o alcoolismo dos pais, ela
                  simplesmente guardava tudo dentro de si.
                  Após participar durante anos de um grupo de ajuda para filhos adultos de pais
                  alcoólatras, Kaitlyn decidiu fazer terapia. Ela sabia que não era culpada pelo fato de
                  sua auto-estima ser tão baixa, mas sentia que seria culpa sua deixar as coisas como
                  estavam.
                  Embora Kaitlyn acredite que tem medo de quase tudo, eu a considero corajosa. Para
                  mim, ter coragem é saber que temos medo, mas mesmo assim escolher dizer sim à
                  vida. O fato de Kaitlyn decidir fazer terapia foi exatamente isso. Ela tinha muito medo
                  de falar sobre a infância; era um pesadelo que não queria voltar a viver. No entanto,
                  Kaitlyn tinha vontade de tomar        decisões melhores para a sua vida e estava
                  determinada a fazer com que a terapia a ajudasse nesse sentido.
                  No início, sua pergunta "Por que continuo a         fazer essas coisas?" continha um
                  sentimento de    autocensura, porque ela tinha vergonha das decisões erradas que
                  tomara. Mas logo a pergunta adquiriu um tom de curiosidade; ela realmente queria
                  saber a resposta. Por mais doloroso que fosse discutir os acontecimentos da
                  infância que haviam moldado dramaticamente sua personalidade, Kaitlyn estava
                  sempre disposta a examiná-los, na esperança de mudar.
                  Hoje, Kaitlyn não é   mais a pessoa tímida na qual estava se transformando. Ela é
                  capaz de concentrar-se no trabalho, de relacionar-se abertamente com os outros e
                  não se sente atraída como antes por pessoas problemáticas. Kaitlyn cresceu. Uma
                  das principais razões pelas quais Kaitlyn está diferente é o fato de desejar entender
                  de que maneira o seu passado difícil contribuiu para ela ser quem é hoje. Sua in-
                  fância ainda lhe causa medo, mas ela não vai permitir que seus temores a impeçam
                  de compreender o que precisa saber a respeito de si mesma. Não é a ausência de
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