Page 39 - Microsoft Word - Mark.W.Baker-Jesus.o.maior.psicologo.que.ja.existiu[doc-re–
P. 39
P medo que faz com que Kaitlyn tenha coragem suficiente para crescer; é
P
fundamentalmente a sua disposição de entender as coisas que sempre a
assustaram.
Jesus estabeleceu uma distinção entre as pessoas que estavam interessadas em
mudar a própria vida e aquelas que não estavam. Ele disse: "Quem tem ouvidos,
ouça." Ele partia do princípio de que todo mundo era capaz de mudar e oferecia às
pessoas a oportunidade de crescer baseada exclusivamente na disposição de
aceitá-la. O crescimento exige que estejamos prontos para ouvir a nós mesmos e
dispostos a lidar com o que encontrarmos. Jesus ensinou que temos que ter
coragem para crescer. Ê preciso querer.
PRINCÍPIO ESPIRITUAL: A coragem não é a ausência do medo e sim a presença
da fé apesar do medo.
ÀS VEZES NÃO PODEMOS VOLTAR PARA CASA
"Não há profeta sem honra, a não ser na sua pátria e na sua casa.”
Mateus 13:57
Quando Emily procurou-me para fazer terapia, ela estava preocupada com a sua
dificuldade em lidar com os relacionamentos no trabalho. Ela se considerava
insegura e ineficaz com as pessoas. Logo percebemos que seus sentimentos de
ineficácia estavam relacionados à sua mãe. Foi ela que fez Emily começar a
acreditar que era um fardo para as outras pessoas. Se acreditamos que a nossa
própria mãe nos considera um fardo, não é preciso muito esforço para imaginar que
todas as outras pessoas nos vêem da mesma maneira.
Emily estava presa ao princípio organizador inconsciente: "Meus sentimentos são
um fardo para os outros." Esta crença inconsciente a tornava hesitante em todos os
seus relacionamentos. O resultado era que a maioria das pessoas desconhecia a
opinião de Emily, daí a dificuldade em se relacionar com ela. Infelizmente, a crença e
a expectativa que tinha faziam com que as coisas acontecessem exatamente como
ela imaginava.
Durante o período da nossa terapia, Emily passou a conhecer o seu princípio
organizador inconsciente. No momento em que ela tomou consciência dele, deixou
de experimentá-lo da mesma maneira. Embora ainda achasse difícil expressar seus
sentimentos, ela não pressupunha mais automaticamente que eles fossem um fardo
para os outros. Essa mudança na perspectiva de Emily possibilitou que ela se tor-
nasse muito mais aberta e eficaz nos seus relacionamentos.
Quase todas as pessoas ficaram interessadas na transformação de Emily, exceto
sua mãe. A capacidade de abrir-se e expressar seus sentimentos tornou ainda mais
problemático o relacionamento das duas. À medida que começou a falar a respeito
de como se sentia, até mesmo das coisas que a perturbavam, as discussões com a
mãe chegaram ao auge. Emily agora tinha opiniões.
— É isso que você está aprendendo na terapia? A botar a culpa de tudo em mim? -
dizia a mãe.