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P         medo que faz com que Kaitlyn tenha coragem suficiente para crescer; é
          P

                  fundamentalmente a sua disposição de entender as coisas que sempre a
                  assustaram.
                  Jesus estabeleceu uma distinção entre as pessoas que estavam interessadas em
                  mudar a própria vida e aquelas que não estavam. Ele disse: "Quem tem ouvidos,
                  ouça." Ele partia do princípio de que todo mundo era capaz de mudar e oferecia às
                  pessoas a oportunidade de crescer baseada exclusivamente na                disposição de
                  aceitá-la. O crescimento exige que estejamos prontos para ouvir a nós mesmos e
                  dispostos a lidar com o que encontrarmos. Jesus ensinou que temos que ter
                  coragem para crescer. Ê preciso querer.



                   PRINCÍPIO ESPIRITUAL: A coragem não é a ausência do medo e sim a presença
                                                   da fé apesar do medo.





                                   ÀS VEZES NÃO PODEMOS VOLTAR PARA CASA



                            "Não há profeta sem honra, a não ser na sua pátria e na sua casa.”
                                                        Mateus 13:57



                  Quando Emily procurou-me para fazer terapia,         ela estava preocupada com a sua
                  dificuldade em lidar com os relacionamentos no trabalho. Ela se considerava
                  insegura e ineficaz com as pessoas. Logo percebemos que seus sentimentos de
                  ineficácia estavam relacionados à sua mãe. Foi ela que fez Emily começar a
                  acreditar que era um fardo para as outras pessoas. Se acreditamos que a             nossa
                  própria mãe nos considera um fardo, não é preciso muito esforço para imaginar que
                  todas as outras pessoas nos vêem da mesma maneira.
                  Emily estava presa ao princípio organizador inconsciente: "Meus sentimentos são
                  um fardo para os outros." Esta crença inconsciente a tornava hesitante em todos os
                  seus relacionamentos. O resultado era que a        maioria das pessoas desconhecia a
                  opinião de Emily, daí a dificuldade em se relacionar com ela. Infelizmente, a crença e
                  a expectativa que tinha faziam com que as coisas acontecessem exatamente como
                  ela imaginava.
                  Durante o período da nossa terapia, Emily passou a conhecer o seu princípio
                  organizador inconsciente. No momento em que ela tomou           consciência dele, deixou
                  de experimentá-lo da mesma maneira. Embora ainda achasse difícil expressar seus
                  sentimentos, ela não pressupunha mais automaticamente que eles fossem um fardo
                  para os outros. Essa mudança na       perspectiva de Emily possibilitou que     ela se tor-
                  nasse muito mais aberta e eficaz nos seus relacionamentos.
                  Quase todas as pessoas ficaram interessadas na transformação de Emily, exceto
                  sua mãe. A capacidade de abrir-se e expressar seus sentimentos tornou ainda mais
                  problemático o relacionamento das duas. À medida que começou a falar a respeito
                  de como se sentia, até mesmo das coisas que a perturbavam, as discussões com a
                  mãe chegaram ao auge. Emily agora tinha opiniões.
                  — É isso que você está aprendendo na terapia? A botar a culpa de tudo em mim? -
                  dizia a mãe.
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