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P —Será que eu não posso discordar sem que você se sinta atacada? -retrucava
P
Emily. Essas discussões raramente tinham uma conclusão satisfatória para qualquer
das duas.
Embora Emily sempre tivesse se sentido pouco à vontade perto da mãe, ela agora
tinha mais consciência das razões deste fato. A mãe de Emily continuava agindo
como se os sentimentos da filha fossem um fardo para ela. Emily precisava que sua
mãe entendesse o que estava acontecendo para que as coisas pudessem se
modificar, mas a mãe não percebia que alguma coisa precisava mudar. Quanto mais
Emily se esforçava para fazê-la compreender a necessidade da mudança, mais ela
ficava zangada com a filha.
Agora que mudou, as coisas jamais poderão voltar a ser como antes com a sua
mãe. Emily não está desistindo do relacionamento com a mãe; ela está
simplesmente insistindo para que elas tenham uma relação melhor do que a anterior.
A mudança está acontecendo muito devagar, mas Emily acha que tanto ela quanto a
mãe a merecem.
Jesus ensinou que depois que se envolvem em um relacionamento com Deus as
pessoas nunca mais conseguem olhar para o mundo da mesma maneira. Às vezes o
crescimento espiritual significa uma mudança radical na nossa perspectiva e tem
conseqüências nos relacionamentos.
Às vezes nossos amigos e nossa família ficam felizes ao nos verem crescer e
mudar; às vezes, não. Quando as pessoas à nossa volta não se alegram ao nos
verem diferentes, temos que seguir em frente, desejando que um dia elas percebam
o valor de nossa transformação.
PRINCÍPIO ESPIRITUAL: A mudança nem sempre é um hóspede bem-vindo.
CRESCIMENTO É TRABALHO
"Tome a sua cruz e siga-me de perto."
Marcos 8:34 (Living Bible)
O processo do crescimento não apaga os nossos princípios organizadores. Nós nos
lembramos do passado, mesmo que escolhamos nos libertar dele. Pode ser que em
determinadas circunstâncias nos sintamos tentados a reagir da maneira antiga. Não
podemos transformar imediatamente nossos antigos princípios organizadores em
novos, mas podemos aprender a nos apoiar em outros até que os antigos se tornem
uma memória distante. Jesus ensinou que o crescimento envolve um árduo trabalho.
Precisamos estar preparados para assumir a nossa parte de responsabilidade se
quisermos colher a recompensa.
Megan voltou a fazer terapia porque percebeu que repetidamente saía com homens
carentes que esperavam que ela assumisse o comando da situação, o que Megan
acabava fazendo. Como já tinha feito terapia, ela sabia que essa característica sua
era resultado do seu relacionamento com o pai, uma pessoa seriamente deprimida.
Como era a filha predileta, Megan sempre se sentira responsável pela felicidade do
pai e nunca se permitira ficar de mau humor na esperança de animá-lo.