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P esse muro a mantém presa do lado de dentro. A verdade é que Dora se ressente de
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estar sozinha. Ao tentar evitar ser vítima dos outros, ela criou o próprio inferno.
Procura se proteger desconfiando dos outros, quer curar suas feridas permanecendo
isolada. Dora tem poucos amigos porque sua atitude é muito defensiva diante das
pessoas, e sua vida não parece ter significado porque ela não acredita em nada
maior do que ela mesma.
Dora age como se estivesse absolutamente certa do que quer, e é em geral inútil
discutir com ela a respeito disso. Mas sua fachada confiante e segura serve apenas
para ocultar seu sofrimento. Dora está tão ocupada em se defender que não sobra
energia para construir coisas melhores para a sua vida. O que ela não percebe é
que manter os outros à distância lhe dá uma falsa segurança, mas a impede de
obter o que precisa para se sentir completa. Tanto do ponto de vista psicológico
quanto do espiritual, Dora extraviou-se e, sem a ajuda de outras pessoas, será
incapaz de encontrar o que realmente precisa.
O ponto inicial tanto da salvação quanto da saúde psicológica é reconhecer que
precisamos dos outros. Do ponto de vista espiritual, necessitamos de um
relacionamento com Deus para sermos completos. De um ângulo psicológico, nossa
saúde mental depende da nossa capacidade de nos relacionarmos bem com os
outros. Se encararmos as outras pessoas como adversários dos quais precisamos
nos proteger, nos tornamos defensivos e corremos o risco de prejudicar exatamente
aquilo que estamos tão arduamente tentando proteger.
Jesus ensinou que os seres humanos são seres essencialmente de relação. Ele
freqüentemente mencionava a importância da nossa relação com Deus e com os
outros. Para Jesus, a saúde espiritual acontece quando os relacionamentos estão
intactos, e o pecado, quando eles estão rompidos.
Quando temos medo de que as nossas necessidades não serão satisfeitas, nos
envolvemos em atos impulsivos de autopreservação ou em mecanismos de defesa
para nos proteger. Esses mecanismos infelizmente tornam-se psicopatologia que
nos separa não apenas das outras pessoas como também do nosso verdadeiro eu.
Jesus declarou que os seres humanos não podem existir como ilhas; os psicólogos
afirmam que não podemos ser completos sem nos relacionarmos com os outros.
Tanto o pecado quanto a psicopatologia resultam de atos desesperados de
autopreservação que colocam o egoísmo no cerne dos nossos problemas espirituais
e psicológicos.
PRINCÍPIO ESPIRITUAL: O egoísmo é pecado e psicopatologia.