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P         A falsa culpa raramente beneficia o        nosso relacionamento com os outros. Na
          P

                  verdade, ela em geral nos prejudica e nos torna pessoas de convivência mais difícil.
                  Sentimos a verdadeira culpa quando nossos relacionamentos são importantes para
                  nós e nos sentimos motivados a curar as feridas provocadas por nosso
                  comportamento. É esse o tipo de culpa que Jesus queria que sentíssemos.



                      PRINCÍPIO ESPIRITUAL: A culpa motivada pelo amor cura a mágoa; a culpa
                                            baseada no medo só faz escondê-la.







                     SE AS PESSOAS FOSSEM PERFEITAS, POR ACASO ALGUÉM PECARIA?



                                 "Sede perfeitos, portanto, como o Pai celeste é perfeito."
                                                         Mateus 5:48



                   Melissa tira notas excelentes na escola, seus professores a adoram e ela é          super
                  organizada. Todo mundo tem a impressão de que Melissa é a criança perfeita.
                  Mas as aparências superficiais podem ser enganadoras. Melissa é muito autoritária
                  e intolerante com seus colegas. As outras crianças a chamam de mandona. Na
                  verdade, Melissa prefere a companhia dos adultos. Ela é sempre elogiada por causa
                  da sua inteligência e equilíbrio. O que a maioria das pessoas não percebe é          que o
                  fato de Melissa parecer precoce para a sua idade é na verdade uma necessidade de
                  exercer o controle e ser aceita, o que encobre problemas mais profundos. Melissa
                  não é   a criança perfeita porque gosta de ser assim; ela é        perfeccionista porque
                  precisa ser desse jeito.
                  Várias crianças com problemas de auto-estima passam pelo sistema educacional
                  sem serem notadas, porque nunca causam problemas. As crianças barulhentas e
                  indisciplinadas é que são identificadas como problemáticas, ao passo que as
                  excessivamente perfeccionistas sentam-se em silêncio nas carteiras e passam
                  despercebidas. No entanto, a inflexibilidade pode ser indício de baixa auto-estima
                  tanto quanto o comportamento rebelde que visa chamar a atenção. O
                  perfeccionismo é    apenas uma maneira socialmente mais aceitável de lidar com a
                  baixa valorização.
                  Parecer perfeito nunca foi sinal de saúde mental. Bem ao contrário. Ter a coragem
                  de ser imperfeito indica muito mais uma auto-estima saudável do que fingir ser
                  impecável. As crianças como Melissa às vezes se esforçam intensamente para
                  serem especiais porque têm medo de não serem amadas se não fizerem isso. Se as
                  crianças não se sentem amadas pelo que são, elas aceitam a atenção que recebem
                  pelo que se esforçam para fazer. A questão não é saber se o comportamento delas
                  é ou não perfeito e sim a motivação que as leva a ter esse comportamento.
                  Ocasionalmente deparo com versículos na Bíblia que me deixam perturbado. Um
                  deles é este: "Sede perfeitos, portanto, como o Pai celeste é perfeito." Esta frase dá
                  a impressão de que Jesus estava estabelecendo para os seus seguidores um
                  padrão ridiculamente alto que, se não fosse alcançado, poderia fazer com que eles
                  se sentissem maus e inadequados. No decorrer dos séculos muitas pessoas con-
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