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P - Às vezes eu preciso saber como você se sente - insistia Katherine.
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- Eu me casei com você, não casei? - Brandon respondia. - Por que você acha que
fiz isso?
Durante a terapia, descobrimos um ritual interessante para ajudar o casamento de
Katherine e Brandon. Se ele queria demonstrar seus sentimentos através das ações,
precisava agir de uma maneira que tivesse significado para Katherine. Ele sabia
quando ela estava triste, mas com freqüência não tinha a menor idéia do que fazer
para ajudá-la.
Conversando, descobrimos o ritual do abraço carinhoso. O abraço não tinha a
intenção de transmitir um desejo sexual ou evitar uma conversa; o objetivo era
simplesmente enviar para Katherine a mensagem de que Brandon a amava.
Depois de um tempo, Katherine e Brandon disseram que o abraço carinhoso se
tornara um importante ritual capaz de ajudá-los a atravessar momentos difíceis. Às
vezes eles não sabiam como exprimir por meio de palavras o que estavam sentindo,
e era nessas ocasiões que o abraço conseguia expressar a ligação significativa que
ambos desejavam. Assim como a intenção de Jesus era que os rituais fossem
usados para que nos lembrássemos de Deus, nós também podemos utilizá-los para
manter vivo na mente o amor que sentimos uns pelos outros.
O ritual é uma ação concreta que simboliza uma realidade espiritual. Jesus
acreditava que os rituais religiosos eram positivos quando usados para nos lembrar
que temos um relacionamento com Deus e com os outros, mesmo nos momentos
em que isso é difícil. Temos tendência ao esquecimento e muitas vezes realizamos
os rituais de forma puramente mecânica, esvaziando os do conteúdo.
Jesus sabia que todos temos momentos em que precisamos de algo palpável que
nos faça lembrar o valor dos nossos relacionamentos. Às vezes precisamos de
demonstrações físicas de que o amor existe, e os rituais concretos podem exercer
essa função. Os rituais religiosos podem ser positivos, desde que nos lembremos do
seu objetivo.
PRINCÍPIO ESPIRITUAL: Os rituais nos ajudam a lembrar o amor.
AS COISAS FICAM MAIS CINZAS A MEDIDA QUE CRESCEMOS
“Com muitas parábolas como esta, Jesus anunciava-lhes a palavra segundo podiam
entender”.
Marcos 4:33
Os pais de Jonathan se divorciaram quando ele era pequeno, e o menino passou a
ver o pai apenas nos fins de semana. Ele se lembra de ficar sentando do lado de
fora, na casa da mãe, esperando que o pai viesse buscá-lo. Sempre sofria quando o
pai se atrasava. A mãe dificultava as coisas ao fazer comentários como: "Bem, acho
que o seu pai tem coisas mais importantes para fazer do que estar com o próprio
filho." Jonathan detestava a sensação de sentir que não era importante para o pai.
Na sua mente de criança, a equação era muito simples: "Se ele me amasse, estaria
aqui na hora combinada.”