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P CAPÍTULO 5
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Entendendo a religião
Certa ocasião, andava Jesus pelos campos de trigo em um dia de Sabá. Com fome,
seus discípulos começaram a arrancar espigas e a comê-las. Vendo isso, os fariseus
lhe disseram: "Olha! Teus discípulos fazem o que não é permitido fazer no Sabá.”
Ele, porém, lhes disse: "Não lestes o que fez Davi quando teve fome, ele e os que o
acompanhavam? Como entrou na casa de Deus e comeu os pães sagrados? Ora,
nem a ele, nem aos que estavam com ele era permitido comer os pães reservados
apenas aos sacerdotes. Ou não lestes na Lei que, no Sabá, os sacerdotes em
serviço no Templo violam o Sabá sem se fazerem culpados? Pois eu vos digo: quem
está aqui é maior do que o Templo. Se compreendêsseis o que significa: quero
misericórdia e não sacrifícios, não condenaríeis os inocentes. Porque o Filho do
Homem é Senhor do Sabá.”
Mateus 12:1-8
Jesus acreditava que a religião tinha sido feita para as pessoas, e não as pessoas
para a religião. Embora tivesse violado a lei judaica ao fazer o que fez no dia santo
do Sabá, Jesus o fez assim mesmo. Jesus disse coisas como: "É lícito fazer o bem
ou o mal no Sabá? Salvar uma vida ou matar?" (Marcos 3:4). Freqüentemente ele
enfrentava aqueles cuja maneira de pensar se tornara rígida e que haviam perdido
de vista o objetivo da religião.
À medida que amadurecemos, começamos a perceber que as regras existem como
diretrizes para facilitar o relacionamento entre as pessoas. Jesus colocou a prática
espiritual da misericórdia acima da do sacrifício, o que se assemelha bastante ao
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que os psicólogos dizem a respeito da evolução moral. A misericórdia sempre leva
em conta a outra pessoa; o sacrifício pode às vezes ser apenas para nós mesmos.
RITUAIS RELIGIOSOS
"Fazei isto para vos lembrardes de mim."
I Coríntios 11:24
Katherine e Brandon procuraram o aconselhamento conjugal para melhorar o
casamento. Eles sabiam que se amavam e tinham orgulho da maneira como os
filhos estavam crescendo, mas achavam que as coisas poderiam ser melhores entre
eles.
Katherine vinha de uma família que costumava se expressar emocionalmente e
estava acostumada a demonstrações de afeto e de raiva. A família de Brandon era
muito mais reservada. Para ele, o que falamos tem pouco valor; o que conta são as
nossas ações. Katherine freqüentemente tentava fazer com que Brandon expres-
sasse seus sentimentos para que ela pudesse sentir-se amada. Brandon, porém,
achava que a melhor forma de demonstrar amor era através de seus atos.