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P "É inevitável que haja escândalos", disse Jesus, "portanto, tende cuidado" (Lucas
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17:1-3). A seguir, ele prossegue: "Se o teu irmão pecar contra ti, repreende-o, e se
ele se arrepender, perdoa-o." Ele estava primordialmente interessado em restaurar
os relacionamentos pessoais. Jesus freqüentemente adotava a perspectiva
psicológica de não encarar o pecado como um problema que existe dentro das
pessoas e sim entre as pessoas.
PRINCÍPIO ESPIRITUAL: Às vezes o pecado é um problema que existe entre as
pessoas e não dentro delas.
A SALVAÇÃO E A PSICOTERAPIA
"Porque este filho estava morto e voltou à vida, estava perdido e foi encontrado.”
Lucas 15:24
—Acho que meu radar está quebrado - declarou Sarah na nossa primeira sessão.
—Radar? - perguntei.
—Isso mesmo, é como eu chamo o mecanismo que me faz escolher os homens.
Você pode dar um jeito nisso? - perguntou ela.
Sarah queria se entender, o que me deixou contente, pois esta atitude favorece os
resultados da terapia. Mas não era positivo ela achar que tinha algum tipo de defeito.
Descobri que o fato de uma pessoa estar convicta de que tem um defeito é mais
pernicioso do que a deficiência que possa vir a ser descoberta.
À medida que a nossa terapia progredia, fiquei sabendo que os pais de Sarah
tinham se divorciado quando ela estava na escola primária, e que a sua mãe
precisou arranjar um emprego para poder sustentar as filhas. Sarah buscara nos
colegas de escola a atenção de que necessitava, pois seus pais não estavam mais
disponíveis para isso.
Quando Sarah chegou ao segundo grau, o seu relacionamento com os meninos
havia se tornado predominantemente sexual, e este era o preço que ela pagava para
ter a sensação de estar próxima de alguém. Sarah passou a acreditar que a única
maneira de obter o que queria era dar em troca o que os outros queriam. Esse tipo
de amor condicional fez com que Sarah sentisse que era capaz de conseguir
atenção pelo que fazia, mas não saber se poderia obter amor por ser quem era.
Percebi que durante um certo tempo Sarah imaginou que iríamos ter um
relacionamento sexual. Depois, ela passou a achar que eu só a estava atendendo
por causa do dinheiro que ela me pagava, mas que secretamente eu a considerava
repulsiva devido às suas atividades sexuais do passado. No entanto, depois de
passar muitas horas descrevendo coisas horríveis sobre si mesma e revelando me
os aspectos mais negativos e inaceitáveis da sua vida, Sarah começou a achar que
talvez fosse possível que uma outra pessoa, mais especificamente um homem, se
interessasse por ela por outra razão além do que pudesse obter em troca. Sarah
estava redescobrindo o seu verdadeiro eu, a parte dela que desejava ter um
relacionamento com outra pessoa pelo que era e não pelo que fazia.