Page 42 - Microsoft Word - Mark.W.Baker-Jesus.o.maior.psicologo.que.ja.existiu[doc-re–
P. 42
P CAPÍTULO 4
P
Entendendo o pecado
e a psicopatologia
"Um certo homem tinha dois filhos e o mais moço deles disse ao pai: 'Pai, dá-me a
parte dos bens que me pertence.' ... E, poucos dias depois, o filho mais novo,
ajuntando tudo, partiu para uma terra longínqua, e ali dissipou os seus bens, vivendo
dissolutamente... Caindo em si, disse: 'Vou partir em busca do meu pai e lhe direi: -
Pai, pequei contra o céu e contra ti' Mas quando ainda estava longe o pai o viu e,
comovido, lhe correu ao encontro, lançou-se-lhe ao pescoço e o beijou... O pai disse
aos seus criados: 'Rápido!... Alegremo-nos e celebremos, porque este meu filho
estava morto e reviveu, tinha-se perdido e foi encontrado.'“
Lucas 15:11-24
Na parábola do filho pródigo, Jesus nos diz que a principal causa do pecado é o
egoísmo. A parábola, trata da solução do pecado no mundo. Jesus estava
estabelecendo que o pecado é o egocentrismo que resulta em um relacionamento
rompido, e a salvação é o momento em que esse relacionamento é renovado. O filho
pródigo partiu deixando o pai e acabou sozinho e perdido. Quando o acolhe na volta,
o pai não menciona a vida desregrada que depauperou a herança do filho, nem
mesmo considera que o comportamento dele mereça punição. Ele se alegra porque
1
o relacionamento foi restabelecido. O egocentrismo situa-se no âmago dos
problemas espirituais e psicológicos, porque tanto o pecado quanto a psicopatologia
resultam da auto preservação a qualquer custo. Este capítulo mostra como o pecado
e a psicopatologia são causados por relacionamentos rompidos, e como a salvação
2
e a saúde psicológica acontecem quando os relacionamentos são reconstruídos.
A PATOLOGIA DO EGOÍSMO
"Quem agarrar-se à própria vida a perderá."
Mateus 10:39 (Living Bible)
Dora deixou de acreditar nas pessoas há muito tempo. Seus pais a desapontaram,
seus amigos a decepcionaram e ela achou que Deus tampouco a ajudou. Dora
passou a acreditar que quando queremos que uma coisa seja feita temos que fazê-la
sozinhos.
Dora encara as outras pessoas como adversários. É como se ela estivesse
competindo com todo mundo por causa de tudo, sempre querendo ter certeza de
que não será enganada. O problema é que, mesmo quando consegue evitar que os
outros a enganem, ela ainda se sente lograda. Quando não temos com quem
compartilhar as coisas, a satisfação de conseguir o que queremos não dura muito
tempo.
Dora construiu um muro de defesas para garantir que ninguém conseguirá se
aproveitar dela. O que não percebe é que, além de impedir que os outros entrem,