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P Jesus sabia que algumas pessoas usam a religião, mas que outras a vivem. Jesus
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condenava seu uso para alcançar uma posição social, oportunidades de apoio ou
poder sobre os outros. Seu propósito é nos trazer vida. Estava evidente nos
ensinamentos de Jesus que o amor e a reconciliação com os outros são mais im-
portantes do qualquer ritual religioso. A prioridade dele era clara: "Vai primeiro
reconciliar-te com o teu irmão.”
PRINCÍPIO ESPIRITUAL: A religião tem um único propósito: ligar-nos
amorosamente a Deus e aos outros.
O PROPÓSITO DAS REGRAS ESPIRITUAIS
"Não penseis que vim abolir a lei." Mateus 5:17
Os psicólogos que estudaram o desenvolvimento da moral humana chegaram a uma
interessante conclusão. Começamos a vida com regras bastante concretas para lidar
com as questões morais. Temos que seguir as regras. À medida que
amadurecemos, compreendemos que as regras são diretrizes e não leis rígidas que
devem ser obedecidas.
À primeira vista essa afirmação pode dar a impressão de que estou dizendo que
quanto mais as pessoas se desenvolvem moralmente, mais elas fazem apenas o
que querem. No entanto, as pesquisas demonstraram que no mais elevado nível de
desenvolvimento moral nós, seres humanos, levamos em conta não apenas as
nossas necessidades, mas também as dos outros. Na vida dos poucos que
alcançaram os estágios superiores da evolução moral podemos observar o que
Jesus ensinou, ou seja, que as regras só existem para nos ajudar a amar.
O casal Tompkins me telefonou porque estava tendo dificuldade em controlar a filha
adolescente, Amanda. Era uma jovem excepcionalmente inteligente e tinha sido uma
aluna exemplar na escola até dois anos antes. Agora ela fora reprovada na maioria
das matérias, costumava matar aulas e tinha problemas por causa do seu compor-
tamento. A criança-modelo transformara-se em pesadelo.
O Sr. e a Sra. Tompkins eram pessoas extremamente amorosas e bondosas.
Parecia injusto que a filha de pessoas como eles tivesse um comportamento tão
nocivo.
Enquanto conversávamos a respeito do que estava acontecendo, descobri que eles
podiam estar involuntariamente contribuindo para o problema. Ambos haviam sido
criados por pais autoritários cuja disciplina era muito rígida e punitiva. Para
compensar essa falta de amor, resolveram exercer a disciplina na sua família de
maneira bastante diferente daquela com que tinham sido criados.
O casal estava tentando ser o mais carinhoso possível com a filha, mas eles
achavam que o amor não podia colocar limites. Agindo assim, pensavam estar
respeitando a filha deixando-a fazer tudo o que quisesse. Achavam que ela só se
sentiria amada se soubesse que eles confiavam na sua capacidade de julgamento.
Mas o que não compreendiam era que, além de respeito e confiança, o amor precisa
colocar limites que dêem segurança à criança.