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P                                               CAPÍTULO 6
          P





                                                  Entendendo o vício





                  Um certo homem de posição perguntou-lhe: "Bom Mestre, o que devo fazer para
                  ganhar a vida eterna?" Jesus respondeu: "Por que me chamas de bom? Ninguém é
                  bom a não ser Deus. Conheces os mandamentos: Não cometerás adultério, não
                  matarás, não furtarás, não darás falso testemunho, honra teu pai e tua mãe." "Tudo
                  isso eu tenho observado desde que era menino", disse ele. Ouvindo isso, Jesus lhe
                  disse: "Ainda te falta uma coisa: vende todas as coisas que tens, distribui o dinheiro
                  aos pobres e terás um tesouro no céu; depois vem e segue-me'' Ao ouvir isso, o
                  homem ficou triste, porque era muito rico. Vendo-o assim triste, Jesus disse: “Como
                  é difícil para os que têm riquezas entrar no reino de Deus! É mais fácil um camelo
                  passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no reino de Deus.”
                                                                                            Lucas 18:18-25



                   Algumas pessoas têm dificuldade em relacionar-se com Deus, mas, como precisam
                  ligar-se a alguma coisa, colocam objetos no lugar dele. É assim que Jesus definia a
                  idolatria. Ele sabia que o    homem rico precisava renunciar à sua veneração pela
                  riqueza para poder abrir espaço no coração para um relacionamento com Deus.
                  Algumas pessoas têm dificuldade em relacionar-se com outras pessoas. Quando
                  seus relacionamentos são ameaçados ou perdidos, elas os substituem por objetos.
                  Esta é  a definição de vício. O antigo problema da        idolatria manifesta-se como o
                  problema moderno do          vício. Como descobriu o homem rico, quando os
                  relacionamentos são substituídos por objetos, renunciar a estes pode ser muito
                  difícil.
                  Apegar-se a um objeto para compensar a nossa necessidade de amor insatisfeita
                  pode funcionar, mas temporariamente. A euforia que extraímos da posse de            certos
                  objetos pode nos fazer esquecer que na verdade precisamos de algo mais profundo.
                  No entanto, como o      objeto é apenas um substituto do amor que trocamos nos
                  relacionamentos, essa satisfação nunca é duradoura. Precisamos retornar repetidas
                  vezes ao objeto para afastar os sentimentos de vazio e insatisfação. Segundo Jesus,
                  o ídolo é um substituto do amor porque é uma tentativa de colocar um objeto no
                  lugar de um relacionamento amoroso. O vício é um substituto do amor pela mesma
                  razão.
                  Lidar com as pessoas que não se sentem amadas e por isso se voltaram para o
                  vício pode ser útil, mas somente durante algum tempo. Animar as pessoas que estão
                  nessa situação também pode ser proveitoso, mas também é limitado. Apenas uma
                  coisa é capaz de curar o vício humano e       expulsar a idolatria: o amor genuíno. Os
                  seres humanos só ficam satisfeitos quando experimentam o que é autêntico.
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