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P         seu sucesso. O problema era que Ashley tinha criado um Deus à sua própria
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                  imagem e acreditava na euforia que os seus ícones de sucesso lhe proporcionavam.
                  O fato de Ashley cultivar o sucesso estava conseguindo fazer com que ela não se
                  sentisse mal com relação à sua vida. Ashley tinha tudo o que queria, mas como
                  estava indo apenas atrás de "coisas" o benefício que recebia era limitado. Sempre
                  que começava a sentir-se ansiosa, ela saía para fazer compras ou planejava uma
                  viagem. Se em algum momento ela se perguntava sobre o significado da vida, pen-
                  sava na sua realização profissional. O sucesso de Ashley era um grande antídoto
                  para qualquer sentimento doloroso.
                  Embora Ashley estivesse a cada ano fazendo um número cada vez maior de
                  conquistas, descobrimos uma coisa interessante na terapia: ela continuava
                  basicamente a     mesma     pessoa. Os seus objetivos eram os mesmos, apenas
                  maiores. Os seus desejos eram os mesmos, somente menos satisfatórios. No nível
                  material, a cada ano Ashley alcançava mais sucesso, mas no nível espiritual e
                  emocional era como se vivesse repetidamente o mesmo ano. Ashley não precisava
                  de uma nova droga para se sentir melhor; ela necessitava de um novo Deus.
                  Ashley e eu acabamos descobrindo que a          sua ansiedade estava lhe dizendo uma
                  coisa. Ela gostava do sucesso, mas não era realmente feliz. Precisava entregar a
                  sua vida a algo que lhe retribuísse à altura. O sucesso é um Deus egoísta - quando
                  o veneramos, ele nos empobrece espiritualmente. Ele nos ajudará a colecionar
                  ídolos, mas não nos ajudará a sermos pessoas melhores. Na verdade, o fracasso é
                  mais eficaz neste sentido. Ashley chegou à conclusão de que, embora o seu portfólio
                  estivesse crescendo, ela não estava. Precisava ouvir os seus sentimentos e não se
                  livrar deles.
                  Os deuses de Ashley estão mudando. O               seu conceito de crescimento está
                  começando a ter menos a ver com o sucesso profissional e mais com a qualidade
                  dos seus amigos. Ashley já não tem tanta pressa porque a perspectiva de tempo do
                  seu novo Deus é diferente. O surpreendente é que, apesar de não estar fazendo
                  tantas coisas quanto antes, ela sente que está vivendo uma vida mais completa.
                  Jesus constantemente orientava as pessoas para as coisas eternas. Ele sabia que a
                  nossa atração pela gratificação instantânea resulta em uma satisfação temporária e
                  em uma insatisfação crônica. Ele sabia que a          euforia da idolatria é apenas um
                  antídoto para a   dor e o desapontamento na nossa vida. O sofrimento pára, mas
                  apenas temporariamente. Esse tipo de        antídoto neutraliza os sintomas, mas não
                  cura.
                  Jesus nunca encorajou as pessoas a evitar o sofrimento na           vida, porque ele não
                  estava interessado em um alívio rápido. Ele não queria que as pessoas apenas se
                  sentissem melhor, mas que elas efetivamente melhorassem. A idolatria pode
                  momentaneamente evitar a dor, mas impede também o crescimento. Enquanto nos
                  preocupamos com os ídolos, permanecemos imaturos. A idolatria ajuda as pessoas
                  a evitar as coisas, ao passo que o crescimento só acontece quando as enfrentamos.




                            PRINCÍPIO ESPIRITUAL: Os viciados veneram um Deus egoísta.
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