Page 67 - Microsoft Word - Mark.W.Baker-Jesus.o.maior.psicologo.que.ja.existiu[doc-re–
P. 67

P         melhor, exatamente como os viciados com as drogas. No caso da idolatria, as leis e
          P

                  os rituais religiosos se tornam a "droga," proporcionando às pessoas à ilusão de
                  serem melhores do que realmente são.



                          PRINCÍPIO ESPIRITUAL: A religião é um caminho e não um destino.







                                            A TERAPIA PODE SER UM VÍCIO?



                                                     "Confiai em Deus."
                                                           João 14:1



                  Nem todo mundo que procura a            terapia realmente deseja lidar      com os seus
                  verdadeiros sentimentos. O objetivo de algumas pessoas é simplesmente fazer com
                  que seus problemas desapareçam, sem de fato procurar entendê-los. Quando a
                  terapia é usada desta forma, ela corre o risco de se tornar uma espécie de droga
                  viciadora. A tentativa de  evitar sentimentos difíceis conduz ao vício, não a genuína
                  expressão deles.
                  Julia foi criada em uma cidade conservadora do Meio-Oeste onde aprendeu a
                  importância de uma boa ética de trabalho junto com valores religiosos tradicionais.
                  Ela é conscienciosa a     respeito de tudo o que faz e sempre mantém a palavra
                  quando assume um compromisso. Seu relacionamento com a mãe foi horrível, e ela
                  tem dificuldades em relacionar-se com o marido, mas recusa-se a admitir que a mãe
                  e o marido tenham qualquer parcela de culpa na infelicidade da sua vida. "Isso são
                  águas passadas", disse quando fiz perguntas sobre a sua infância. "Sou a única
                  responsável pelos problemas na minha vida, ninguém mais é culpado.”
                  Apesar de sentir-se mal, Julia não consegue imaginar como poderia modificar sua
                  vida.
                  Julia era excessivamente responsável. Ela se culpava por tudo o que estava errado
                  na sua vida. Não procurou a      terapia para entender seus sentimentos, pois achava
                  que já os entendia. Ela acreditava que estava errada        e apenas queria que eu lhe
                  dissesse como se comportar para melhorar a situação. Havia muitas coisas que Julia
                  precisava entender a respeito de     si mesma, mas era difícil convencê-la disso. Por
                  exemplo, ela se sentia culpada com relação ao seu relacionamento com a mãe e o
                  marido, assim como a respeito de muitas coisas na sua vida, e culpava-se como um
                  tipo inconsciente de autopunição. Infelizmente, Julia estava querendo usar a terapia
                  para eliminar esses sentimentos em vez de trazê-los à tona.
                  A terapia é extremamente útil para as pessoas que chegam à conclusão de que não
                  têm respostas para seus problemas e desejam entendê-los. Julia estava convencida
                  de que fazer perguntas sobre os seus sentimentos ou o seu passado era uma perda
                  de tempo. "Muito bem, eu me sinto triste a respeito disso", disse ela quando
                  descobrimos seus sentimentos de dor com relação ao seu casamento. "Então o que
                  é que eu posso fazer de diferente?" Ela se preocupava em mudar seu com-
                  portamento, sem perceber que suas atitudes provinham de sentimentos que
   62   63   64   65   66   67   68   69   70   71   72