Page 107 - O vilarejo das flores
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—Que ideia mãe?
        —Lembra-se de nossa casa de campo em Alto Vale?

        —Sim. Há muitos anos que não vamos.
        —Pensei que, como ela fica a poucos quilômetros do vilarejo, você
        poderia ir para lá por um mês. Até eu resolver as coisas com seu pai.
        Quando tudo estiver calmo, nos encontramos em Alto Vale e iremos

        para o Vilarejo juntos. O que acha?
        —Acho maravilhoso mãe! Assim papai vai ter tempo de pensar. E
        temos que enviar uma carta a Bibiana para avisar ao Francis que
        estou voltando em breve.

        —Sim querida. Vou começar a escrever as cartas. Prepare suas malas.
        —Vou preparar sim. Adorei mãe. Obrigada.
        Aimeé foi ver as roupas no armário para ver quais cabiam nela.
        Brígida saiu do quarto triste por ter enganado a filha, mas em seu

        íntimo esse era o único jeito.
               Noeli aguardava Brígida no pé da escada. Esta desceu aos
        prantos. Noeli a abraçou e disse: “É o único jeito. Precisa manter a
        força. É para o bem dela.” Brígida chorava desesperadamente, mas

        teve que se conter, pois Zaquiel havia chegado. Este, vendo o rosto
        da mulher vermelho, percebeu que algo estava errado.
        —O que houve? - perguntou assustado.
        —Aimeé não quer esquecer o rapaz. – disfarçou Brígida-Conversei,

        mas está irredutível. Então tive a ideia de levá-la para Alto Vale para
        ela ficar perto da natureza de novo. Isso pode ajudá-la.
        —Acho uma ótima ideia. Ela sempre foi muito ligada à natureza. -
        disse Zaquiel otimista-Já falou com ela?

        —Sim e ela aceitou muito bem.
        —Que ótimo! Talvez essa viagem a ajude a esquecê-lo de uma vez.
        Bem, quando ela vai partir?
        —Em dois dias. Já combinei tudo com tia Noeli.

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