Page 111 - O vilarejo das flores
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joias e dinheiro e a amarrou em seu espartilho por dentro da roupa.
Colocou essa trouxa dentro de uma bagagem de mão e tratou de
agir normalmente. Aimeé desmoronava por dentro, mas não deixou
ninguém perceber. Durante o jantar, sentiu um aperto no peito ao
sentar com todos à mesa. Não podia entender porque seus pais
estavam fazendo isso com ela. Parecia que estava em um pesadelo
constante, do qual Francis iria salvá-la.
Ao raiar do dia, a carruagem chegou. Começou um entra
e sai para colocar as malas de Aimeé na carruagem. Brígida, em
prantos, despediu-se da filha. Zaquiel segurou-se para não chorar.
Noeli deu uns beijos secos na sobrinha-neta e Aimeé também subiu
na carruagem com lágrimas nos olhos.
A carruagem seguiu seu caminho e Aimeé ansiava pela
primeira parada. Quase perto da hora do almoço ela perguntou:
—Quando vamos fazer a primeira parada, Baltazar?
—A senhorita está com fome? Podemos parar na próxima taberna. Só
não sei se é um local apropriado para senhoritas. - disse o cocheiro.
—Não importa! Estou faminta.
O cocheiro concordou com Aimeé e na primeira taberna a
carruagem parou.
—Eu avisei à senhorita...- disse ele abrindo a porta da carruagem e
mostrando a taberna – que não é um local apropriado para senhoras.
—Não há problema algum. Eu preciso pegar algumas coisas na
minha bolsa. Vá você na frente e diga ao dono para preparar o local
para uma dama. –ordenou ela.
—Sim, senhorita.
O rapaz entrou na taberna e se dirigiu para o bar, onde um
senhor baixinho corpulento limpava os copos.
—Boas! - Cumprimentou Baltazar.
O dono da taberna acenou com a cabeça.
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