Page 115 - O vilarejo das flores
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—Grata, grata, grata. ..
—Agora ficou mais calma?- perguntou Moira segurando a mão de
Aimeé.
—Sim. – respondeu Aimeé limpando o rosto- Agradeço de coração.
—Agora tome o chocolate. Vou preparar um lugar para você dormir.
Dizendo isso, Moira saiu do aposento. Aimeé ficou esperançosa
com as palavras de Moira. “Queria chegar agora”. Pensava ela. Mas
acalmou seu coração. Tomou o chocolate e comeu o quanto pode.
Estava faminta. Com a ansiedade de fugir, não tinha conseguido
comer. Quando terminou o lanche, Moira tinha arrumado um lugar
no chão para ela. Agradeceu e se deitou feliz.
Aimeé acordou antes de o galo cantar na manhã seguinte.
Sonhou com Francis e Bibiana. No sonho, eles estavam namorando.
Mas Francis dizia que a amava e quando ele gritou seu nome, ela
acordou. Meio atordoada foi procurar Moira. Esta acabava de entrar
em casa.
—Bom dia! - disse Moira carregando uma cesta de frutas e legumes-
Dormiu bem?
—Dormi. – disse Aimeé – Conseguiu falar com o dono da quitanda?
—Sim. E ele me falou que carroceiro traz a mercadoria de outro
vilarejo, chamado Vilarejo da Colina e...
—Conheço! -exclamou Aimeé ansiosa- É o vilarejo dele!
—Que ótimo! Mas ele só passa uma vez por semana e essa semana
ele já passou.
—Oh. -suspirou Aimeé murchando-Vou ter que esperar sete dias?
—Não. Você não me deixou terminar. Ele vem toda segunda-feira.
—Que ótimo! Quer dizer que só faltam quatro dias para ele vir?
Obrigada! Obrigada! - disse Aimeé com as mãos em prece e olhos
fechados inclinando a cabeça para trás.
—Nossa! - exclamou Moira-Esse rapaz tem que valer o seu esforço.
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