Page 113 - O vilarejo das flores
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exuberantes. No lugar das carruagens tinham carroças. Percebia-se a
        humildade do lugar.

               A lua já apontava no céu quando Aimeé viu um senhor idoso
        fumando na porta de casa.
        —Boas! - cumprimentou Aimeé.
               O homem acenou com a cabeça.

        —Onde estou senhor? - continuou ela.
        —O que uma moça como você faz por aqui sozinha?- perguntou o
        homem enrugando a testa.
        —Procuro o Vilarejo das Flores.

        —Vilarejo das Flores? - repetiu o homem pensando.
        —Sim. Fica no vale das flores. Perto da cachoeira dos lírios.
        —Vilarejo das Flores? Moira! -gritou o homem para dentro de casa.
        Apareceu uma mulher aparentando a mesma idade da mãe de Aimeé.

        —O que foi homem?- perguntou Moira.
        —Você sabe onde fica o Vilarejo das Flores? - repetiu o homem.
        —Esse vilarejo é longe daqui, fica a cerca de dois dias de viagem. –
        disse Moira.

        —Eu preciso de uma carruagem e cocheiro que me leve até o vilarejo.
        - pediu Aimeé gentilmente.
               O homem e a mulher se entreolharam e disseram.
        —Menina! Você não vai encontrar carruagens aqui, muito menos

        cocheiros.
        —Por favor, é muito importante que eu chegue ao vilarejo. Pode ser
        qualquer carroça. Eu pago ao carroceiro. - disse Aimeé ansiosa.
        —Não se trata disso menina. – acalmou Moira- As carroças daqui

        não aguentariam uma viagem tão longa.
        - Não! Por favor, me ajudem! Eu pago o que quiserem. Tenho algumas
        moedas.
        —Menina. - interrompeu Moira- Pessoa alguma aqui fará esta

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