Page 108 - O vilarejo das flores
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—Sim querido. Não precisa se preocupar. Quando ela voltar será a
        nossa Aimeé de sempre. -disse Noeli.

               Zaquiel sorriu para tia Noeli de felicidade. Brigida forçou um
        sorriso também. Pensando que tudo ia voltar a seu normal, Zaquiel
        foi ver a filha. Entrou no quarto de Aimeé e esta ajeitou ligeiramente
        a camisola.

        —Minha querida! Como você está se sentindo hoje? -disse ele todo
        amoroso.
        —Estou muito bem pai. -disse ela alegre.
        —Realmente você parece muito bem. Está radiante! Até ontem

        parecia doente.
        —Vai ver que a partir de hoje vou melhorar pai. Daqui a pouco você
        vai entender tudo.
        —Que bom querida! –disse o pai sem entender o comentário da

        filha - Vai descer para jantar conosco?
        —Vou sim. Só vou tomar o banho e desço.
        —Está bem querida. – disse Zaquiel beijando-a na testa.
               Zaquiel saiu do quarto esperançoso por dias melhores.

        Aimeé, por sua vez, estava ansiosa pela viagem e para ver Francis
        novamente. “Ele vai fica tão feliz com nossa filha”. Pensava ela.
        Aimeé colocou um vestido mais solto e desceu. A família estava
        reunida à mesa. A conversa seguiu descontraída e todos se

        esqueceram por um momento de tudo que haviam passado. Os pais
        tiveram a doce e meiga Aimeé de volta e ela teve seus pais amorosos
        novamente.
               Na hora de dormir, todos se despediram e Aimeé encontrou-

        se sozinha novamente em seu quarto. Foi dormir com uma sensação
        boa de que tudo iria se resolver.
               No dia seguinte, Brígida recebeu uma correspondência logo
        cedo. Ao abri-la, suas mãos tremeram. Foi falar com tia Noeli, que

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