Page 15 - O vilarejo das flores
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vale.
               Aimeé relatou todo o acontecido a Sancler que ficou

        atentamente escutando.
        —Esses rapazes podem ser ladrões e te machucar. É perigoso você
        fazer isso. - alertou Sancler preocupado.
        —Se eles fossem me machucar, fariam isso hoje. Mas não acredito,

        acho que só eram pobres e queriam vender os cavalos.
        —Então, deixe vendê-los.
        —Sancler! -indignou-se – Admiro-me você! Os animais não
        pertencem a eles.

        —Admiro-me você Aimeé! Vai ficar brigando por causa de cavalos?
        Os animais estão ali. Quem chegar primeiro, pega. – falou ele em
        tom brincalhão gesticulando.
        —Sancler! Você não tem compaixão pelos animais? - dramatizou ela

        —Como pode ser tão frio?
        —Não sou frio, sou prático. – disse ele com sinceridade - Tudo
        bem. - continuou ele depois de uma inspiração ao ver a expressão de
        indignação de Aimeé - Quer mesmo impedi-los?

        —Quero! - respondeu entusiasmada.
        —Tome. – disse entregando um estilingue a ela - Agora preste muita
        atenção no que você vai fazer.
               Sancler explicou seu plano para Aimeé, que ouviu com

        atenção detalhe por detalhe. Até se esqueceram da ornamentação da
        festa. Uma amiga dos dois, Bibiana, estava vindo para praça, quando
        viu os dois no banco concentradíssimos.
        —Oi! Nossa! O que vocês dois estão tramando? - perguntou Bibi

        desconfiada
        —Por quê? - perguntaram ambos.
        —Estão com uma expressão de que vão aprontar uma peripécia
        daquelas!

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