Page 17 - O vilarejo das flores
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Prevendo que Aimeé intercedesse, eles cercaram os animais
        e sorrateiramente arrastavam-se para não chamar a atenção. Aimeé

        estava com uma visão privilegiada. Pegou o estilingue, mirou em um
        deles e atirou.
        —AAAAAaaaaaaaaaaaaaaaaaaaiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii!!!!!!!!!!!_  gritou
        um menino aparentando uns oito anos com lágrimas nos olhos.

               Com o grito os cavalos correram assustados. O mesmo rapaz
        que no dia anterior gritara com Aimeé, reclamou revoltado com o
        menino.
        —O que há com você Fidias? Assustou os animais!

        —Desculpe irmão -choramingou Fidias- Alguma coisa me atingiu,
        está doendo.
               Quando eles procuraram em volta de Fidias, acharam uma
        semente de ameixa. O irmão mais velho olhou ao redor, mas nada

        viu.
        —Vamos. Voltaremos amanhã. – disse o rapaz desconfiado.
        Aimeé esperou eles descerem a colina e foi embora orgulhosa de si
        mesma.

               Sancler estava arrumando o palco, quando viu Aimeé
        correndo em sua direção com um sorriso radiante. Ficou hipnotizado
        por uns instantes e despertou quando ela pulou para abraçá-lo.
        —Grata, grata, grata. Não sei nem como te agradecer. - Dizia Aimeé

        grudada do pescoço de Sancler que já estava corado- Foi fantástico!
        -ria-se- Eles nem sabem o que os atingiu.
        —Muito bem, muito bem menina.- acalmou Sancler- Que bom que
        deu certo. Agora fique uns dias sem ir ao vale, pode ser perigoso.

        —Não posso ficar sem ir. Eles ficaram de voltar amanhã. Se eu não
        for, eles levarão os pobres animais.
        —Aimeé é perigoso e essas pessoas não são bobas. - avisou Sancler,
        arrependendo-se de ensiná-la a usar o estilingue.

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