Page 94 - Fortaleza Digital
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- O senhor está bem? - Becker inclinou-se, chegando mais perto. Cloucharde
      acenou levemente.
      - Sim, estou bem, só um pouco... talvez a excitação... - Depois não disse mais
      nada. - Pense, senhor Cloucharde, é importante - insistiu Becker em voz baixa.
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      Cloucharde fez outra careta de dor.
      - Não sei... a mulher... o homem a chamava de... - Fechou os olhos e gemeu. -
      Qual era o nome?
      - Eu realmente não me lembro. - Cloucharde estava perdendo as forças.
      - Pense - disse Becker mais uma vez. - É importante que a ficha do consulado
      seja tão completa quanto possível. Precisarei de declarações das outras
      testemunhas para confirmar sua história. Qualquer informação que o senhor
      puder me dar para localizá-las... Mas Cloucharde não estava mais ouvindo. Ele
      agora esfregava sua testa com o lençol.
      - Lamento, talvez amanhã. - Parecia estar enjoado.
      - Senhor Cloucharde, é importante que se lembre disso agora - disse Becker,
      percebendo no meio da frase que estava falando alto demais. As pessoas nos
      outros leitos continuavam sentadas, observando o que estava acontecendo. Do
      outro lado da sala, uma enfermeira abriu a porta dupla e entrou, andando a
      passos firmes na direção deles.
      - Qualquer coisa - Becker insistiu, tenso.
      - O alemão chamava a mulher de...
      Becker sacudiu levemente o canadense, tentando impedir que ele dormisse.
      Cloucharde abriu os olhos por um instante.
      - O nome era...
      Vamos, meu amigo, não me deixe sozinho.
      - Dew... - E depois fechou os olhos novamente. A enfermeira estava se
      aproximando rapidamente e parecia furiosa.
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