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O confinamento e as tecnologias

            Durante o último ano, muita coisa mudou nas nossas vidas, desde a forma como trabalhamos/estudamos até à
          forma como nos relacionamos com os outros. O facto de estarmos fechados em casa durante largos períodos de
          tempo fez com que o uso de tecnologias se tornasse ainda mais constante, quer fosse como forma de lazer que de
          trabalho/estudo.
              Já antes da pandemia havia um uso crescente das tecnologias como meio de trabalho ou de estudo, sendo já
          possível, por exemplo, fazer alguns cursos online ou numa universidade longe de casa sem serem necessárias
          deslocações diárias para as aulas. No entanto, foi durante o confinamento que este modelo de estudo à distância
          se tornou mais comum, sendo uma forma de não interromper os estudos e de garantir a segurança de alunos e
          professores. É aqui que entra a importância da tecnologia em “estar perto na distância”: por muito longe que nos
          encontremos uns dos outros, é possível mais de vinte alunos estarem a ter uma aula ao mesmo tempo e garanti-
          rem algumas aprendizagens essenciais para o seu futuro. Isto só acontece graças às novas tecnologias, que per-
          mitem a realização de videochamadas, o envio de trabalhos e a realização de trabalhos em grupo, tudo isto sem
          ser necessário sair de casa.
              Uma das principais mudanças impostas pelo confinamento foi a impossibilidade de visitar familiares e amigos
          que vivem noutro país ou, durante a época mais crítica da pandemia, mesmo aqueles que vivem apenas noutro
          concelho. No entanto, é aqui que entra, mais uma vez, o papel fundamental da tecnologia em permitir-nos “estar
          perto na distância”. Com as novas tecnologias, é possível ver e falar com pessoas que se encontrem a uma grande
          distância de um modo fácil e prático, com custos baixos ou nulos. Muitas vezes, utilizamos agora meios de comuni-
          cação com certas pessoas que antes nem sequer nos lembrávamos e as comunicações, em alguns casos, até se
          tornaram mais frequentes. Por exemplo, fazer ma videochamada regularmente com familiares que vivem no es-
          trangeiro e com os quais antes da pandemia apenas conversávamos quando vinham a Portugal uma vez por ano.
          Apesar de haver inevitavelmente uma grande diferença entre conversas presenciais e conversas através de um
          ecrã de telemóvel, estas permitem sempre diminuir um pouco as saudades da família e amigos que não se podem
          visitar, garantindo a segurança de todos os envolvidos. Por exemplo, pessoas que vivem em lares estão muito
          mais seguras no interior da instituição do que se andassem constantemente a sair para casa de familiares, como
          era possível fazerem antes da pandemia. Ou também, pessoas que vivem fora de Portugal têm um maior nível de
          segurança para eles e para os outros se diminuírem ao mínimo as visitas aos familiares em território nacional.
              No entanto, e apesar de as tecnologias garantirem uma maior segurança relativamente à transmissão do vírus,
          é natural que as pessoas sintam falta do contacto direto com os seus familiares, e por mais videochamadas e tele-
          fonemas que sejam feitos, nada se compara a um encontro em pessoa com alguém que nos é muito querido e que
          já não vemos há muito tempo.

              Para além desta contribuição das tecnologias para a comunicação com segurança nestes tempos difíceis, estas
          desempenham também um papel muito importante na divulgação de informação de forma a estarmos sempre atu-
          alizados sobre o estado atual da pandemia no nosso país e no mundo. Em sites de notícias online com atualiza-
          ções ao minuto e redes sociais é possível sabermos notícias quase instantaneamente assim que algo ocorre, man-
          tendo-nos constantemente a par de tudo. Deste modo, podemos garantir que estamos sempre informados sobre
          todos os assuntos, neste caso, mais concretamente sobre a evolução da pandemia, o que nos permite também
          compreender a forma como nos devemos comportar, tomando as medidas certas para que consigamos controlar
          esta pandemia o mais rapidamente possível. Por exemplo, é através das tecnologias (televisão, internet) que os
          membros do Governo comunicam com a população, anunciando as medidas que são tomadas, tais como as datas
          relativas ao plano de desconfinamento e que cidades avançam ou não neste plano. Se não existissem estes meios
          tecnológicos de comunicação, seria apenas através dos jornais, da rádio e da televisão que as informações seriam
          transmitidas, demorando estas um maior período de tempo a chegar à população.

              Concluindo, durante o confinamento foi possível apercebermo-nos da importância da tecnologia, não só como
          meio de trabalho/estudo, mas também como forma de comunicar de uma forma segura com familiares e amigos
          que se encontram longe, permitindo-nos assim “estar perto na distância”.

                                                                                   Susana Simões, n.º 23, 12.º CT2
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