Page 56 - Na Teia - Mauro Victor V. de Brito
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Florescer 2, na zona norte da cidade, aos moldes da primeira
unidade. Alberto conta que é um orgulho ver o projeto crescendo.
“Há uma ponte entre as casas, eu estou sempre em contato com o
Gilson, que é o coordenador de lá, indico parceiros, levo empresas para
conhecer, pois eu acredito que esse é o caminho, por meio de uma rede
sólida que vamos promover mudanças efetivas.”.
Já existe um projeto para a implementação da Casa Florescer
3, mas o coordenador da unidade matriz acredita que é necessá-
ria uma articulação maior com a área da saúde, pois atualmente
existe uma demanda crescente de mulheres transexuais e traves-
tis com forte dependência química.
“O meu grande sonho, como trabalhador, é ver também a Florescer
dos homens transexuais, eu vejo que nesse processo eles estão ficando
para trás, invisíveis e a demanda só aumenta”, vislumbra Alberto.
Seguindo o perfil da Florescer, em 2016, fora inaugurada,
também na região central de São Paulo, a Casa 1, organização
financiada coletivamente pela sociedade civil que funciona como
república de acolhida para pessoas LGBTs e centro cultural, para
promoção da diversidade por meio de atividades educacionais e
culturais. Até o final de 2019, já passaram mais de 200 pessoas
pela república da organização. Por depender apenas da colabo-
ração da sociedade, a Casa 1 ameaçou fechar as portas no início
de 2019, mas manifestações on-line de diversos artistas e influen-
ciadores, ajudaram a manter o projeto funcionando.
Também em 2019, aconteceu a inauguração da Casa Arouchianos,
projeto proposto pelo coletivo liderado por Helcio Beuclair, que
abriu um espaço no bairro do Parque Dom Pedro, região central
de São Paulo. O projeto também é mantido com o apoio de enti-
dades e colaboração da sociedade civil. Atualmente, abriga 7
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