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              É necessário reconduzir os pretensos raciocínios inconscientes à
       memória que conserva tudo, que oferece experiências de um modo
       paralelo e com isso conhece já as seqüelas de uma ação. Não é uma
       antecipação do efeito, mas o sentimento: mesmas causas, mesmos efeitos,
       produzido por uma imagem da memória.


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              Os raciocínios inconscientes provocam minha reflexão: será
       provavelmente essa passagem de imagem a imagem; a última imagem
       atingida opera então como excitação e motivo. O pensamento inconsciente
       deve se realizar sem conceitos: portanto, por intuições.

              Mas este é o método de raciocínio do filósofo contemplativo e do
       artista. Faz a mesma coisa que cada um faz nos ímpetos fisiológicos
       pessoais, transpor para um mundo impessoal.

              Esse pensamento por imagens não é a priori de natureza
       estritamente lógica, mas de qualquer modo mais ou menos lógica. O
       filósofo se esforça então em colocar, em lugar do pensamento por imagens,
       um pensamento por conceitos. Os instintos parecem ser também
       semelhante pensamento por imagens que, em última análise, se transforma
       em excitação e em motivo.


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              Confundimos com muita facilidade a coisa em si de Kant e a
       verdadeira essência das coisas dos budistas; a realidade mostra de fato a
       aparência ou uma aparição totalmente adequada à verdade. A aparência
       como não-ser e a aparição do sendo são confundidas uma com a outra. No
       vazio se inserem todas as superstições possíveis.


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              O filósofo apanhado nas redes da linguagem.
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