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Tudo permanece como está: todas as qualidades traem um estado
       das coisas indefinível, absoluto.


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              A conseqüência terrível do darwisnismo que, aliás, tenho por
       verdadeira. Toda nossa veneração se reporta às qualidades, que temos por
       eternas: do ponto de vista moral, artístico, religioso, etc.


              Com os instintos não avançamos um passo para explicar a
       conveniência dos meios e do fim. De fato, esses instintos já são eles
       próprios o resultado de processos prosseguidos desde um tempo
       infinitamente longo.

              A   vontade    não   se  objetiva   adequadamente,    como    diz
       Schopenhauer: isso parece assim quando saímos das formas mais acabadas.

              Essa própria vontade é na natureza um resultado muito complicado.
       Estando pressupostos os nervos.

              E mesmo o peso não é um fenômeno simples, mas de novo o efeito
       de um movimento do sistema solar, do éter e assim por diante.

              E o choque mecânico é também algo de complexo.

              O éter universal como matéria original.


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              Todo conhecer é um refletir em formas totalmente determinadas
       que não existem a priori. A natureza não conhece nenhuma forma,
       nenhuma grandeza, mas é somente para um conhecedor que as coisas se
       apresentam com tal grandeza ou com tal pequenez. O infinito na natureza:
       ela não tem nenhum limite, em parte alguma. Só para nós há finito. O
       tempo divisível ao infinito.


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