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Valor objetivo do conhecimento — não torna melhor. Não tem fins
       últimos universais. Seu nascimento é devido ao acaso. Valor da
       veracidade. — Sim, ela torna melhor! Seu objetivo é o declínio. Procede a
       um sacrifício. Nossa arte é a imagem do conhecimento desesperado.


                                         125

              A humanidade tem no conhecimento um bom meio para perecer.


                                         126


              Que o homem se tenha tornado assim e não de outra forma é
       certamente obra sua: que esteja tão engajado na ilusão (o sonho) e
       orientado para a superfície (o olho), essa é sua essência. Será de espantar
       que mesmo os instintos de verdade terminem por desembocar de novo em
       seu fundamento?


                                         127


              Nós nos sentimos grandes quando ouvimos falar de um homem
       cuja vida foi aniquilada por uma mentira e que, no entanto, não mentiu —
       mais ainda, quando um homem de Estado, pela preocupação com a
       veracidade, destrói um reino.


                                         128


              Nossos hábitos se tornam virtudes graças a uma transposição livre
       no domínio do dever, pelo fato de trazermos a inviolabilidade nos
       conceitos; nossos hábitos se tornam virtudes pelo fato de considerarmos o
       bem particular menos importante que sua inviolabilidade — por
       conseguinte, pelo sacrifício do indivíduo ou pelo menos pela possibilidade
       entrevista de semelhante sacrifício. — Quando o indivíduo começa a se
       considerar pouco importante, começa o domínio das virtudes e das artes —
       nosso mundo metafísico. O dever seria particularmente puro se na essência
       das coisas nada correspondesse ao fato moral.
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