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interpõe. É com um juízo falso que essa qualidade começa — ser
       verdadeiro significa ser sempre verdadeiro. Daí provém a tendência de não
       viver na mentira: supressão de todas as ilusões.

              Mas é jogado de uma rede a outra.


                                         134


              O homem bom quer também ser verdadeiro e crê na verdade de
       todas as coisas. Não só da sociedade, mas também do mundo. Por
       conseguinte, acredita também na possibilidade de aprofundar. De fato, por
       que razão o mundo deveria enganá-lo?

              Transpõe, portanto, sua própria tendência no mundo e acredita que
       o mundo também deve ser verdadeiro para com ele.


                                         135


              Considero falso falar de um objetivo inconsciente da humanidade.
       Ela não é um todo como um formigueiro. Talvez se possa falar do objetivo
       inconsciente de uma cidade, de um povo: mas que sentido tem falar de um
       objetivo inconsciente de todos os formigueiros da terra?


                                         136


              É no impossível que a humanidade se perpetua, essas são suas
       virtudes — o imperativo categórico, como a oração "filhos, amai-vos", são
       dessas exigências do impossível.


              A pura lógica é, portanto, o impossível, graças ao qual a ciência se
       mantém.

              O filósofo é o mais raro no meio do que é grande, porque o
       conhecer só veio ao homem acessoriamente e não como dom original. É
       também por isso que é o tipo superior do que é grande.
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