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              Quero descrever e sentir o desenvolvimento prodigioso de um
       filósofo que quer o conhecimento, do filósofo da humanidade.

              A maioria dos homens subsiste tão bem sob a condução do instinto
       que não reparam em absoluto o que acontece. Quero dizer e fazer notar o
       que acontece.

              O filósofo aqui é idêntico a todo esforço da ciência. De fato, todas
       as ciências se baseiam unicamente no fundamento geral do filósofo.
       Demonstrar a unidade prodigiosa em todos os instintos do conhecimento: o
       erudito falido.


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              A infinidade é o fato inicial original: só se deveria explicar de onde
       vem o finito. Mas o ponto de vista do finito é puramente sensível, isto é,
       uma ilusão. Como se pode ousar falar de uma determinação da terra!


              No tempo infinito e no espaço infinito não há fins: o que está lá
       está lá eternamente, sob qualquer forma que seja. Que mundo metafísico
       deve haver, é impossível de prever.

          Sem nenhum apoio desse tipo é necessário que a humanidade possa se manter
        de pé — tarefa imensa dos artistas.


                                         121


              O tempo em si é um absurdo: só há tempo para um ser que sente. E
       o mesmo ocorre com o espaço.

              Toda forma pertence ao sujeito. É a apreensão da superfície através
       do espelho. Devemos abstrair todas qualidades.

              Não podemos nos representar as coisas como são, porque não
       deveríamos justamente pensá-las.
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