Page 61 - História de uma Gaivota e do Gato que a ensinou a voar
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-  Os que estiverem de acordo com que Zorbas mie com o humano da


                Bubulina levantem a pata direita - ordenou Colonello.

                  E foi assim que o autorizaram a miar com o poeta.





                                            CAPÍTULO DÉCIMO

                                          Uma gata, um gato e um poeta


                    Zorbas fez o caminho pelos telhados até chegar ao terraço do

                humano escolhido. Ao ver Bubulina recostada entre os vasos suspirou


                antes de miar.

                  -  Bubulina, não te assustes. Estou aqui em cima.

                  -  Que queres? Quem és tu? - perguntou a gata, alarmada.


                  -  Não te vás embora, por favor. Chamo-me Zorbas e vivo aqui perto.


                Preciso da tua ajuda. Posso descer?

                  A gata fez-lhe um gesto com a cabeça. Zorbas saltou para o terraço e

                sentou-se nas patas traseiras. Bubulina aproximou-se a cheirá-lo.


                  -  Cheiras a livro, a humidade, a roupa velha, a pássaro, a pó, mas tens

                o pêlo limpo - aprovou a gata.


                  -  São os odores do bazar de Harry. Não estranhes se cheirar também a

                chimpanzé - avisou-a Zorbas.


                  Chegava até ao terraço uma música suave.

                  -  Que bonita música - comentou Zorbas.

                  -  Vivaldi. As Quatro Estações. Que queres tu de mim? - quis saber


                  Bubulina.

                  -  Que me convides a entrar e me apresentes ao teu humano - respondeu


                  Zorbas.

                  -  Impossível.  Está  a  trabalhar  e  ninguém,  nem  sequer  eu,  o  pode





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