Page 110 - Mitos y cuentos egipcios de la época faraónica (ed. Gustave Lefebvre)

114 MITOS Y CUENTOS EGIPCIOS DE LA ÉPOCA FARAÓNICA

cer sus saludos; despues salieron, tras haber ofrecido sus saludos7,
según su costumbre cotidiana. Y su Majestad V.P.S. dijo al tesorero que
estaba cerca de él: «Ve y tráeme8 a los funcionarios de la corte que han
salido de aquí, <adonde habían venido> para ofrecer sus saludos en
este día».
Fueron reintroducidos ante él /[5] inmediatamente9. Se pusieron en­
tonces de nuevo sobre su vientre delante de su Majestad V.P.S. y su Ma­
jestad V.P.S. les dijo: «Compañeros, ved, os he hecho llamar para que, en­
tre vuestros hijos, me busquéis a uno que sea agudo de espíritu, o entre
vuestros hermanos a uno que sea eminente, o entre vuestros amigos a
uno que haya realizado(P) una hazaña, (en fin, un hombre) que sea capaz
de decirme hermosas palabras y frases escogidas, que mi Majestad se di­
vertirá escuchando».
Entonces ellos (se) pusieron de nuevo sobre su vientre delante de su
majestad VP.S., y le dijeron a su Majestad V.P.S.: «Hay un jefe-lector10 de
(la diosa) Bastet, soberana de nuestro señor, llamado /[10] Neferrohu: es
un burgués11 de valiente brazo, un escriba hábil de dedos12, es un rico que
tiene mayores propiedades que todos sus pares. ¡Si solamente se le [ad­
mitiera para] ver a su Majestad!». Entonces su Majestad V.P.S. dijo: «Mar­
chad y traédmelo». Fue introducido de inmediato ante él.

Ntferrohu ante el rey

Entonces se colocó sobre su vientre delante de su Majestad V.P.S., y
su Majestad V.P.S. dijo: «Ven, te lo ruego, Neferrohu, amigo mío, para que
me digas hermosas palabras y frases escogidas, que mi Majestad se diver­
tirá escuchando». El lector Neferrohu respondió: «¿Tendrá que ser con

L e e r a q u í: nd <.n>.sn. L a e x p r e s ió n « o fr e c e r sa lu d o s» se o m ite , c o n e l se n tid o d e q u e , re ­
a liz a d a s su s sa lu ta c io n e s , lo s a lto s fu n c io n a rio s o fr e c ía n su in fo r m e al re y y al v isir.
8 « V e y trá e m e , etc.», la m is m a fó r m u la q u e e n Westcar, 4 ,2 3 - 2 4 y 8 ,9 , a s í c o m o e n el Campe­
sino R ,4 7 -4 8 . Ig u a lm e n t e , v é a s e m á s a b a jo , 1. 1 1 .
9 L e e r sfí.in.tw <.sn n> .fhr-e(c(i. 1. 1 1 * 1 2 ) . L a m is m a fr a s e se e n c u e n t ra ( a s im is m o c o n
e lip s is d e .sri) e n Bakhtan, 10 : sti(.sn) n .f hr~c « (e llo s) fu e r o n in tr o d u c id o s in m e d ia ta m e n te
a n te él».
10 H1 títu lo hry-hb(t) e s e q u iv a le n te a hry hb(t) hry-tp « Je fe -le c to r» . S o b r e e ste p e r s o n a ­
je, q u e d e s e m p e ñ a u n im p o rt a n te p a p e l e n lo s c u e n to s d e Westcar, c fr. p . 9 4 , n o ta 5.
11 S e trata d e nds, q u e n o s o tr o s tr a d u c im o s p o r « b u rg u é s» . E s t a p a la b ra n a d a tie n e d e p e ­
y o r a tiv a ; se a p lic a , a ju z g a r p o r e l c a s o d e N e f e r r o h u , a c u a lq u ie r in d iv id u o q u e n o tie n e n o r ­
m a lm e n te a c c e s o , c o m o lo s n o b le s , a la c o r te re a l, p e r o q u e n o e s m e n o s d ig n o d e c o n s id e r a ­
c ió n , n i p o r su ta le n to , n i p o r su e sta d o , n i p o r su fo rtu n a . E l m a g o D je d i d e l c u a r t o c u e n to d e
Westcar, 6 ,2 6 y 7 ,2 , u n m a e s tr o e n h e c h ic e ría , e s u n nds, a d e m á s d e l riv a l d e je fe le c to r U b a o n é
(ibidem, 2 , 4; 3 , 2 ; 3 , 1 0 , etc.). « B u rg u é s» p a re c e se r u n a tr a d u c c ió n m á s e x a c ta d e nds q u e « v illa ­
n o » . [N . d e l T .: P a r a e s te te m a , v e r D . F ra n k e , « K le in e r M a n n (ηφ) -w a s b is t D u ? » , GM 16 7
( 19 9 8 ) p p . 3 3 y ss.]
12 P a ra e l e p íte t o « d e v a lie n te b ra z o » kn n gib.f, c fr. Urk. IV , 4 1 4 , 1 7 . L a e x p r e s ió n « e s c ri­
b a h a b il d e d e d o s » ss ikr n dbcw .f la e n c o n tr a m o s y a e n Náufrago, 18 8 .