Page 25 - Processos e práticas de ensino-aprendizagem
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FTP – antes do Google, Copernic era o melhor buscador, embora ainda existissem Aonde,
Cadê, Lycos, Ask e AltaVista.
Todas essas experiências pessoais com a informática, construíram, além dos
conhecimentos desenvolvidos na faculdade, meus processos de formação mais
significativos.
Voltando ao ano de 2000, na escola estadual, nas horas-aulas em que eu não
substituía professores, ficava na secretaria da escola, servindo de “técnica” para ajustar
às novas demandas: digitação de ficha de nomes de alunos, Excel com notas, arte para
diplomas internos, além de limpeza da memória do navegador.
Com trabalho como Tradutora, em 2001, fora o de professora, a informática se
tornou um dos meus pontos fortes. Sendo tradutora, via a usabilidade do computador
como um grande avanço, já que, nessa profissão, tínhamos o início dos tradutores
automáticos com os “logs” da IBM. Já com o trabalho como professora, ainda tinha a
informática em modo restrito. Embora tivéssemos substituído o mimeógrafo pela
impressora, eram comuns as dificuldades de uso e de acesso aos programas e aplicações
educacionais. Lembro-me de colecionar, por meio do Jornal A Folha, CDs de dicionários
e de aprendizado de inglês. Porém, de nada adiantava a coleção se na escola não nos
eram fornecidos equipamentos e a mesma tecnologia.
Ao passo em que professores eram bombardeados com a conscientização da
importância da tecnologia no processo metodológico, mesmo assim faltavam
planejamentos para uso pedagógico de todos os recursos. Anos se passaram até que
pudéssemos alinhar as necessidades dos alunos às possibilidades de aquisição de
tecnologia e de dispositivos para sala de aula de escolas públicas. Recordo-me que o
máximo que tínhamos eram uma TV e um aparelho videocassete, num cantinho da
biblioteca – aparelhos cuidadosamente trancados numa caixa de metal com cadeado.
Tal lembrança me faz refletir o quão segregados ficam os recursos para a escola.
Dando um salto de uma década, com o surgimento do sistema Android e o apoio
dos programas como Tablet do Professor, considero ter havido a união tecnológica tão
sonhada por todos os educadores.
Em 2010, fizemos o projeto Fotonovela, no qual os alunos usavam o próprio
telefone celular para as fotos e as compilaram em arquivos tipo Power Point.
Chegando em 2012, tanto estudantes quanto docentes tinham oportunidades
iguais no que se referia ao uso da tecnologia: laptops, smartphones e smartTVs, sem que
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PROCESSOS E PRÁTICAS DE ENSINO-APRENDIZAGEM: HISTÓRIAS DE VIDA E DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES