Page 24 - Processos e práticas de ensino-aprendizagem
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Para que todos entendam e sigam a sequência lógica de ideias, voltemos no
tempo.
O ano era 1995 quando vi um computador pela 1ª vez. Trabalhava no Banco do
Brasil como menor auxiliar de serviços de apoio. O banco estava substituindo as ordens
de pagamento, que antes eram enviadas por telex e as filipetas eram guardadas
cuidadosamente durante 5 anos, por incríveis mensagens internas.
A tela preta, a escrita verde, uma barra piscando intermitentemente e os dizeres:
a agência receptora aguarda confirmação. Sistema DOS. A ordem dos superiores era
para imprimir todos os recebimentos - e guardar pelos mesmos 5 anos na gaveta das
filipetas. Não era confiável deixar a informação no disquete, muito menos na memória
fraca e ínfima do computador desktop. E assim era feito, como um ato quase religioso.
Paixão à primeira digitação!
Não tardou para que eu me matriculasse no curso de Computação Básica
(Windows, Word, Excel).
À época, tínhamos como a mais alta tecnologia, o sistema Windows 95. Perez
(2020) nos ensina que, nessa versão, a interface gráfica era mais refinada, a Microsoft
introduziu o Windows Explorer e a barra de tarefas que estão presentes até os dias de
hoje.
A partir deste curso, extremamente bem ministrado, fui desenvolvendo
intimidade e habilidade com a informática.
Em 1997, já tinha meu próprio Personal Computer (PC): uma “torre” beginha, cheia
de adesivinhos. Gostava de escrever cartas e decorar as folhas com as bordas pré-
moldadas do Word. Fazia meus próprios envelopes, digitava trabalhos para as amigas,
pesquisava assuntos da faculdade e tinha muita diversão com músicas em servidores
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PROCESSOS E PRÁTICAS DE ENSINO-APRENDIZAGEM: HISTÓRIAS DE VIDA E DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES