Page 69 - Processos e práticas de ensino-aprendizagem
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10.    Memória autobiográfica – Por Laura Fernandes de Sousa

                      Me chamo Laura Fernandes, 18, graduanda em Pedagogia pela Fael e pretendo

               lecionar na Educação Infantil por gostar das crianças e, por estar no meio, poder recordar
               de quando tinha aquela idade.
                      Por  grande  influência  de  minha  mãe,  escolhi  a  área  da  educacional,  pois  ela

               também lecionava e tive inúmeras oportunidades de vê-la trabalhar nos anos iniciais e

               me inspirei. Infelizmente, não possuo ainda experiências profissionais por se tratar da
               minha primeira graduação e idade, mas creio que terei uma longa caminhada pela frente.
                      As  experiências  escolares  vivenciadas  por  mim  foram  marcadas  por  grande

               facilidade em língua portuguesa, porém matemática era sinônimo de muita angústia.

                      Os  passeios  extraclasse,  como  para  qualquer  criança,  eram  incrivelmente
               prazerosos e em lugares que possibilitavam aprendizagens de forma lúdica. O processo
               de leitura e escrita foi demasiadamente rápido, uma vez que na escola os métodos e

               recursos  da  professora  eram  complementados  em  casa  com  o  auxílio  da

               mãe/professora.
                      Apesar de não possuir experiência em docência, tive a oportunidade de poder
               trabalhar como Educadora Social, em que fazia o acompanhamento de crianças com

               necessidades  educacionais  e  físicas  especiais  em  uma  unidade  escolar  pública  do

               Distrito Federal. Nesse sentido, ao mesmo tempo que realizava meu trabalho, também
               observava o cotidiano de uma sala de aula e a forma como a docente tomava decisões
               em específicas ocasiões.

                      Com o intuito de complementar meu trabalho pedagógico, pensei que poderia
               cursar Fonoaudiologia, para poder auxiliar crianças na fase da alfabetização, fase essa

               que a compreensão e reprodução correta dos sons é fundamental. Conforme, Veronezi
               (2011, p. 16) "com esse desenvolvimento completo da oralidade infantil, a criança está

               pronta para adentrar o universo da escrita e tentar simbolizar a fala e seus pensamentos
               por  meio  de  grafemas  da  língua  escrita,  aprendendo  a  operar  com  suas  regras  e

               elementos limitadores da tão rica expressão verbal”.
                      Uma das percepções que pude constatar enquanto Educadora Social foi a falta de

               cumplicidade entre escola e família, que, infelizmente, contribui para a desmotivação de
               profissionais  da  educação.  Para  mim,  porém,  escolheria  a  profissão  novamente  pela





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                       PROCESSOS E PRÁTICAS DE ENSINO-APRENDIZAGEM: HISTÓRIAS DE VIDA E DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES
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