Page 48 - ASAS PARA O BRASIL
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Eu voltei ao Quênia diversas vezes, uma delas para ver a minha irmã
Guillemette que morava em Nairóbi. Viajamos até “Lamu” perto do Oceano
Índico, uma velha e charmosa cidade que tinha mantido a autenticidade de
seu tecido urbano; sobrevoamos também o lago “Nakuru”, um paraíso para
milhões de flamingos rosa e para distrair-nos, pescamos percas enormes
no lago “Navassa”.
Ilha de Lamu, patrimônio mundial da UNESCO. Forte de Siyu do XIII século
Sendo totalmente honesto com a minha consciência, eu estive outras duas
vezes no isolamento das cadeias militar da Aeronáutica.
A primeira vez foi no final de uma corveia sagaz de recolha de folhas de
árvores na base aérea de Orléans Bricy. Nosso genial ajudante tinha
sacudido uma árvore para que outras folhas caíssem, afirmando que
havíamos mentido e que a corveia ainda não havia acabado. Os “nomes de
pássaros” irromperam e isso se terminou por minha presença numa cela
em isolamento.
Outra vez na base de Thiès, eu acordei de maneira um pouco brusca um
soldado africano de plantão, que tinha o mau hábito de cochilar em cima
de uma asa de avião. Assustado, ele se levantou e ao fazê-lo ele furou o
tanque do avião com a sua baioneta; ainda bem que o tanque de
combustível estava quase vazio.
A sentença foi outra vez o isolamento.
Eu fui responsável pelo buraco no capeamento do avião devido ao
fato de ter surpreendido involuntariamente e com irreverência um soldado
adormecido durante a sua guarda noturna.
As corveias eram também uma forma de castigo que eu conheci.
Deixemos o Exército para falar de amizade.
Um de meus amigos cujas peripécias foram ligadas às minhas, como verão
mais adiante, me contou que um dia em Turim, durante uma escapada
amorosa, e querendo impressionar a sua namorada, foi no hotel mais lindo