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9. CONCLUSÕES E PROPOSTAS

                      A Comissão Especial da Segurança Pública, longe de pretender dar
               respostas  definitivas sobre o problema de segurança no Estado do Rio
               Grande do Sul, uma vez que se está diante de um fenômeno social da maior
               complexidade, pretendeu pensar, ouvir e debater com a sociedade gaúcha
               alternativas de prevenção e combate à criminalidade – especialmente o sobre
               a criminalidade violenta.
                      A análise de dados, a realização de audiências públicas com tópicos
               previamente definidos e em múltiplas regiões do Estado, as visitas técnicas
               nos diversos estabelecimentos dos órgãos vinculados à segurança pública e
               a troca de conhecimento com especialistas foram trabalhos desenvolvidos
               por esta Comissão Especial na busca de entender as razões que levaram o
               Estado  do  Rio  Grande do  Sul a ter taxas significativas de violência  –
               especialmente níveis de criminalidade  letal  considerados  epidêmicos pela
               Organização Mundial da Saúde.
                      Assim, as taxas de criminalidade nos desafiaram a revisar o modelo
               de  Segurança  Pública, seja buscando  alternativas  a  curto  prazo  –  que
               reforcem a solução para o controle do sistema prisional, para a falta de efetivo
               de servidores e para mais investimentos em Segurança Pública  –, seja
               buscando metas de médio  e longo prazos  –  ações  de prevenção social
               voltadas para as crianças e jovens e para setores críticos, como os usuários
               de drogas e os egressos do sistema prisional.

                      As  audiências  públicas  regionais  nos  fizeram  sentir  que  a
               preocupação com a segurança está cada vez maior e em todo o lugar, pois
               todas as cidades tornaram-se reféns da violência e com a população cada
               vez mais insegura e vítima dessa situação.

                      Porém, os debates nas audiências públicas nos alertaram para o fato
               de que as municipalidades têm agora um papel mais ativo nos políticas de
               Segurança Pública, pois são promotores de uma mudança de orientação de
               medidas repressivas para medidas preventivas.

                      Percebemos, também, que o envolvimento da  comunidade em
               projetos de Segurança Pública parece ser uma estratégia de sucesso – como
               foi comprovado pelo Município de Lajeado. Isto demonstra que a participação
               da sociedade civil na implementação de políticas de Segurança Pública é um
               fator importante para se alcançar a redução de índices de criminalidade.

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