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A alta rotatividade de pessoal nas instituições de
                                      segurança  federal que atuam nos municípios
                                      fronteiriços  foi  assinalada  como  um  problema.
                                      Opções apontadas  por alguns entrevistados
                                      foram  a  construção  de  moradias  para  os
                                      funcionários e o estabelecimento de  períodos
                                      irrevogáveis de permanência, ainda que curtos.
                                      Atores  da sociedade  civil e  operadores de
                                      segurança  levantaram  a  necessidade  de
                                      formalizar  a cooperação  internacional  entre  as
                                      forças de segurança e a harmonização legal para
                                      atuar de forma unificada.
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                      A ausência de políticas de segurança pública nas regiões fronteiriças
               faz com que o Estado brasileiro (destaque especial para o Rio Grande do Sul)
               torna-se cada vez mais penetrável e permeável, ou seja, de fácil acesso para
               a prática de crimes transnacionais, como o tráfico de drogas, o contrabando
               de armas e tráfico de pessoas  –  ainda  mais quando considerada as
               peculiaridades dos países que fazem divisa com o Brasil. Nesse sentido:
                                      Quanto aos países limítrofes, a situação cria um
                                      cenário  propício  à  ocorrência  do  fenômeno
                                      estudado: fazendo fronteira com os três maiores
                                      produtores  mundiais  de  cocaína  –  Colômbia,
                                      Peru  e  Bolívia  –  e  o  segundo  maior  produtor
                                      mundial  de  maconha  –  o  Paraguai,  acaba  por
                                      apresentar  diversos  crimes  de  frequência
                                      comum  na  área:  tráfico  de  drogas,  tráfico  de
                                      armas, contrabando e descaminho, tráfico  de
                                      pessoas,  crimes  financeiros,  sonegação  fiscal,
                                      exportação  ilegal  de  veículos  e  crimes
                                      ambientais.
                                      Tais organizações  criminosas, assim  como as
                                      primeiras que lhe deram origem, aprenderam a
                                      adaptar-se às  particularidades inerentes à
                                      região e,  consequentemente,  às  facilidades  de
                                      entrada e  de execução de  seus atos ilícitos.

               23  SENASP – SECRETÁRIA NACIONAL DE SEGURANÇA PÚBLICA. Segurança Pública
               nas Fronteiras. Arco Sul. Estratégia Nacional de Segurança Pública nas Fronteiras
               (ENAFRON). Brasília: Ministério da Justiça, 2016, pp. 338/339.

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