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CAPÍTULO 97
— O número 8 da Franklin Square tem que existir — insistiu Sato. — Procure de novo!
Nola Kaye sentou-se à sua mesa e ajustou o fone de ouvido.
— Já procurei por toda parte... esse endereço não existe em Washington.
— Mas eu estou no telhado do One Franklin Square, o prédio moderno que fica no número 1 —
disse Sato. — Tem que haver um número 8!
A diretora Sato está em cima de um telhado?
— Espere um pouco.
Nola iniciou uma nova busca. Estava cogitando contar à diretora do ES sobre o hacker, mas
Sato no momento parecia obcecada pelo número 8 da Franklin Square. Além do mais, a analista ainda
não tinha todas as informações. Onde está aquele idiota da segurança de sistemas?
— Certo — disse Nola, fitando o monitor. — Estou vendo qual é o problema. One Franklin
Square, o tal número 1 de que a senhora está falando, é o nome do edifício... não o endereço. O
endereço na verdade é Rua K, 1.301.
A notícia pareceu deixar a diretora confusa.
— Nola, não estou com tempo para explicar... A pirâmide aponta claramente para o endereço
Franklin Square, 8.
Nola se empertigou na cadeira. A pirâmide aponta para um lugar específico?
— A inscrição — continuou Sato — diz o seguinte: “O segredo se esconde dentro da Ordem:
Eight Franklin Square.”
Nola mal conseguia imaginar uma coisa daquelas.
— Ordem como... uma ordem maçônica ou uma fraternidade?
— Suponho que sim — respondeu Sato.
Nola pensou um pouco e então recomeçou a digitar.
— Senhora, talvez os números dos prédios da praça tenham mudado com os anos, não? Quer
dizer, se essa pirâmide é tão antiga quanto reza a lenda, quem sabe a numeração da Franklin Square
não era diferente quando ela foi feita?
Estou fazendo uma busca aqui sem o número 8... só por... “ordem”... “Franklin Square”... e
“Washington, D.C.”... talvez assim a gente consiga descobrir se existe... — Ela parou a frase no meio
quando os resultados da pesquisa surgiram.
— O que você encontrou? — quis saber Sato.
Nola encarou o primeiro resultado da lista — uma imagem espetacular da Grande Pirâmide do
Egito, que servia de fundo de tela para o site dedicado a um prédio na Franklin Square. O prédio era
diferente de todos os outros que havia ali.
Ou na cidade inteira, por sinal.
O que chamou a atenção de Nola não foi a arquitetura bizarra do edifício, mas sim a descrição
do seu propósito. Segundo o site, aquele estranho prédio havia sido construído como um santuário
místico sagrado, projetado por... e para... uma antiga ordem secreta.
CAPÍTULO 98
Robert Langdon recuperou a consciência com uma dor de cabeça insuportável.
Onde eu estou?
Seja lá onde fosse, não havia luz. Apenas uma escuridão cavernosa e um silêncio sepulcral.
Ele estava deitado de costas com os braços estendidos ao longo do corpo. Confuso, tentou
mexer os dedos das mãos e dos pés e ficou aliviado ao ver que estavam se movimentando
normalmente e sem dor. O que houve? Com exceção da dor de cabeça e da escuridão profunda, tudo
parecia mais ou menos normal.
Quase tudo.
Langdon percebeu que estava deitado em um chão duro que parecia particularmente liso, como
uma placa de vidro. E o que era mais estranho: podia sentir que a superfície plana estava em contato
direto com sua pele nua... seus ombros, costas, nádegas, coxas, panturrilhas. Será que estou pelado?
Intrigado, passou as mãos pelo corpo.