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—  Sim,  a  exigência  dele  foi  bem  específica.  Infelizmente,  nenhum  de  nós  sabia  do  que  ele
          estava falando. O que ele queria nunca fez sentido para nós.
                 — Bem, fez sentido para seu irmão.
                 — O quê? — Katherine se empertigou na cadeira.
                 — Pelo menos segundo a história que ele me contou ontem, Peter sabia exatamente o que o
          intruso estava procurando. Mas, mesmo assim, ele não quis entregar o objeto, então fingiu que não
          estava entendendo.
                 Isso é um absurdo. Não havia como Peter saber o que aquele homem queria. As exigências dele
          não faziam sentido!
                 — Interessante. — O Dr. Abaddon fez uma pausa e tomou algumas notas. — Mas, como eu
          disse, Peter me falou que sabia, sim. Seu irmão acredita que, se houvesse cooperado com o intruso,
          talvez sua mãe ainda estivesse viva. Essa decisão é a origem de toda a sua culpa.
                 Katherine sacudiu a cabeça.
                 — Mas que loucura...
                 Abaddon afundou na cadeira, com ar de preocupação.
                 — Sra. Solomon, o que a senhora acabou de me dizer foi útil. Como eu temia, seu irmão parece
          ter sofrido uma pequena ruptura em relação à realidade. Devo admitir que já desconfiava disso. Foi por
          esse motivo que pedi a ele que voltasse hoje. Esses episódios delirantes não são incomuns no que diz
          respeito a lembranças traumáticas.
                 Katherine tornou a sacudir a cabeça.
                 — Peter não é homem de ter delírios, Dr. Abaddon.
                 — Concordo, mas...
                 — Mas o quê?
                 —  Mas  o  que  ele  me  disse  sobre  o  ataque foi  só  o  começo...  uma  ínfima fração  da  longa  e
          improvável história que me contou.
                 Katherine se inclinou para a frente na cadeira.
                 — O que foi que Peter contou ao senhor?
                 Abaddon deu um sorriso triste.
                 —  Sra.  Solomon,  deixe-me  fazer  uma  pergunta.  Seu  irmão  alguma  vez  conversou  com  a
          senhora  sobre  o  que  ele  acredita  estar  escondido  aqui  em  Washington...  ou  sobre  o  papel  que  ele
          acredita ter na proteção de um grande tesouro relacionado a um conhecimento antigo perdido?
                 O queixo de Katherine caiu.
                 — Do que o senhor está falando?
                 O Dr. Abaddon soltou um longo suspiro.
                 — O que eu vou lhe contar vai ser um pouco chocante, Katherine. — Ele fez uma pausa e a
          encarou nos olhos. — Mas, se você puder me dizer qualquer coisa que souber a respeito, será de uma
          utilidade incalculável. — Ele estendeu a mão para a xícara dela. — Mais chá?


          CAPÍTULO 23

                 Outra tatuagem.
                 Ansioso, Langdon se agachou ao lado da palma aberta de Peter e examinou os sete símbolos
          diminutos escondidos sob os dedos fechados e sem vida.

          [nota  da  digitadora:  o  símbolo  é  um  desenho  com  as  formas  semelhantes  as  letras  e  números
          representados abaixo]

                 IIIX885

                 — Parecem números — disse Langdon, surpreso. — Mas não consigo reconhecê-los.
                 — O primeiro é um algarismo romano — disse Anderson.
                 — Na verdade, acho que não — corrigiu Langdon. — O algarismo romano I-I-I-X não existe. O
          certo seria V-I-I.
                 — E o resto? — perguntou Sato.
                 — Não tenho certeza. Parece 885 em algarismos arábicos.
                 — Arábicos? — perguntou Anderson. — Parecem números normais.
                 —  Os  nossos  algarismos  normais  são  arábicos.  —  Langdon  se  acostumara  de  tal  forma  a
          esclarecer  essa  questão  para  seus  alunos  que  havia  preparado  uma  palestra  sobre  os  progressos
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