Page 60 - dan brown - o símbolo perdido_revisado_
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— Como você pode ver — disse Trish, usando a barra de rolagem para percorrer a página
extremamente resumida —, o documento contém todas as suas expressões-chave.
Katherine ficou encarando o arquivo editado em silêncio.
Trish lhe deu um minuto e então subiu novamente até o topo da página. Todas as expressões-
chave de Katherine estavam sublinhadas e em maiúsculas, acompanhadas por uma pequena amostra
de texto — as duas palavras que antecediam e as duas que sucediam a expressão requisitada.
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___ uma localização SUBTERRÂNEA secreta onde ___
________________________ ... _________________
___________________ lugar em WASHINGTON, D.C.,
as coordenadas _______________________________
________________________ ... _________________
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_________ revelou um ANTIGO PORTAL que conduzia
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________ ... _________________________________
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__________ que a PIRÂMIDE reserva perigosas _____
_________________________ ... _________________
________________________ decifrar esse SYMBOLON
GRAVADO para revelar _________________________
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Trish nem imaginava a que podia se referir aquele arquivo. E que raios quer dizer “symbolon”?
Katherine se aproximou ainda mais do monitor, ansiosa.
— De onde veio esse arquivo? Quem o escreveu?
Trish já estava buscando as respostas.
— Só um segundo. Estou tentando rastrear a origem.
— Preciso saber quem escreveu isso — repetiu Katherine, ríspida. — Preciso ver o resto.
— Estou tentando — disse Trish, surpresa com o tom da chefe.
Estranhamente, o local onde o arquivo estava armazenado não exibia um endereço
convencional da web, mas sim um endereço numérico de IP, ou Protocolo de Internet.
— Não consigo exibir o IP — disse Trish. — O nome do domínio não está aparecendo. Espere
aí. — Ela fez surgir sua janela de terminal. — Vou rodar um traceroute.
Trish digitou a sequência de comandos para dar um ping e rastrear a rota entre o computador da
sua sala de controle e qualquer que fosse a máquina que estivesse armazenando aquele arquivo.
— Rastreando — disse ela, executando o comando.
As ferramentas de rastreamento de rota eram extremamente velozes, e uma longa lista de
servidores surgiu quase no mesmo instante no telão de plasma. Trish foi descendo a lista.., percorrendo
o caminho de roteadores e switches que conectavam sua máquina a...
Mas que inferno! A ferramenta havia parado antes de chegar ao servidor do arquivo. Por algum
motivo, o seu ping tinha batido em um servidor que o engolira em vez de mandá-lo de volta.
— Parece que o meu traceroute ficou bloqueado — disse Trish. Mas será possível?
— Execute de novo.
Trish acionou outro traceroute e obteve o mesmo resultado.
— Nada. Beco sem saída. É como se esse arquivo estivesse em um servidor impossível de
rastrear. — Ela olhou para os últimos dados obtidos antes de a sequência se interromper. — Mas uma
coisa eu posso dizer: ele está situado em algum lugar na capital.
— Está brincando.
— Não é nenhuma surpresa — disse Trish. — Esses spiders de busca se propagam
geograficamente em espiral, o que significa que os primeiros resultados sempre são próximos. Além
disso, um dos seus strings de pesquisa foi “Washington, D.C.’
— E que tal uma busca no Whois? — sugeriu Katherine, referindo-se ao site de pesquisas de
domínio por meio do endereço de IP. — Não diria a quem pertence o domínio?