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— Em geral, as comunicações são feitas em uma linguagem, não em várias, então a primeira
          tarefa de um simbologista diante de qualquer texto é encontrar um único sistema simbólico coerente
          que se aplique a ele como um todo.
                 — E o senhor está vendo um sistema único agora?
                 — Bem, sim... e não. — A experiência de Langdon com a simetria rotacional dos ambigramas
          lhe ensinara que os símbolos às vezes tinham significados diferentes dependendo do ângulo em que
          eram  vistos.  No  caso  em  questão,  ele  percebeu  que  havia  de  fato  um  modo  de  ver  todos  os  sete
          símbolos  como  uma  mesma  língua.  —  Se  manipularmos  um  pouco  a  mão,  a  linguagem  se  tornará
          coerente. — De forma sinistra, a manipulação que Langdon estava prestes a realizar parecia já ter sido
          sugerida pelo sequestrador de Peter, quando ele mencionou o antigo adágio hermético. Assim em cima
          como embaixo.
                 Langdon sentiu um calafrio ao estender o braço para segurar a base de madeira em que a mão
          de  Peter  estava  presa.  Delicadamente,  virou  a  base  de  cabeça  para  baixo,  de  forma  que  os  dedos
          estendidos  de  Peter  passaram  a  apontar  para  o  chão.  Os  símbolos  impressos  na  palma  se
          transformaram no mesmo instante.

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                 — Deste ângulo — disse Langdon —, o X-I-I-I se torna um algarismo romano válido: 13. Além
          disso,  o  restante  dos  caracteres  pode  ser  interpretado  usando  o  alfabeto  romano:  SBB.  —  Langdon
          imaginou  que  sua  análise  fosse  provocar  muxoxos  desinteressados,  mas  a  expressão  de  Anderson
          mudou imediatamente.
                 — SBB? — perguntou o chefe.
                 Sato se virou para Anderson.
                 — Se não me engano, isso parece um sistema de numeração bem conhecido aqui no Capitólio.
                 Anderson estava pálido.
                 — É.
                 Sato abriu um sorriso amargo e meneou a cabeça para Anderson.
                 —  Chefe,  venha  comigo,  por  favor.  Gostaria  de  uma  palavrinha  em  particular.  Enquanto  a
          diretora Sato conduzia o chefe Anderson para um lugar em que não pudessem ser ouvidos, Langdon
          ficou parado sozinho, sem conseguir acreditar naquilo. Que diabos está acontecendo aqui? E o que é
          SBB XIII?
                 O chefe Anderson se perguntava se haveria alguma forma de aquela noite ficar mais estranha. A
          mão está dizendo SBB13? Ele estava pasmo que alguma pessoa de fora sequer tivesse ouvido falar em
          SBB... quanto mais em SBB13. Pelo jeito, o indicador de Peter Solomon não os estava conduzindo para
          cima, como pareceu no começo, mas apontando justamente na direção oposta.
                 A diretora Sato conduziu Anderson até uma área sem movimento, perto da estátua de bronze de
          Thomas Jefferson.
                 — Chefe — disse ela —, imagino que o senhor saiba exatamente onde fica a SBB13.
                 — Claro.
                 — Sabe o que tem lá dentro?
                 — Não, assim de cabeça, não. Acho que não é usada há décadas.
                 — Bem, o senhor vai abri-la para mim.
                 Anderson não gostava que lhe dissessem o que fazer em seu próprio prédio.
                 — Diretora, não é tão simples assim. Primeiro vou ter que verificar a lista dos usuários... Como a
          senhora sabe, a maior parte dos níveis inferiores é ocupada por salas particulares ou depósitos, e o
          protocolo de segurança em relação ao uso privado...
                 — O senhor vai destrancar a SBB13 para mim — disse Sato —, ou então eu vou ligar para o ES
          e chamar uma equipe com uma marreta para derrubar a porta.
                 Depois de encarar a diretora longamente, Anderson sacou o rádio e levou-o em direção à boca.
                 — Aqui é Anderson. Preciso que destranquem o SBB para mim. Mande alguém me encontrar lá
          em cinco minutos.
                 A voz que respondeu soou confusa.
                 — Chefe, confirmando, o senhor disse SBB?
                 — Correto. SBB. Mande alguém agora mesmo. E vou precisar de uma lanterna. — Ele guardou
          o rádio. O coração de Anderson disparou quando Sato chegou bem perto dele, abaixando ainda mais a
          voz.
                 — Chefe, o tempo é curto — sussurrou ela —, e eu quero que o senhor nos faça descer até a
          SBB13 o mais rápido possível.
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