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— Trish, esse IP tem um formato esquisito. Está escrito em um protocolo que ainda nem está
          disponível para o público. Provavelmente inteligência do governo ou militar.
                 — Militar? — Trish riu. — Acredite, eu acabei de acessar um arquivo editado desse servidor, e
          ele não era militar.
                 Zoubianis acessou sua janela de terminal e tentou um traceroute.
                 — Você disse que o seu rastreador morreu?
                 — Sim. Duas vezes. No mesmo ponto.
                 — O meu também. — Ele acessou um programa de diagnóstico e o inicializou. — E o que esse
          IP tem de tão interessante?
                 — Eu executei um delegador que acessou uma ferramenta de busca nesse IP e encontrou um
          arquivo editado. Preciso ver o resto desse arquivo. Eu não me importaria de pagar por ele, mas não
          consigo descobrir quem é o proprietário do IP nem como acessá-lo.
                 Zoubianis franziu o cenho para o monitor.
                 — Tem certeza disso? Estou fazendo um diagnóstico e o código desse firewall parece... coisa
          muito séria.
                 — É por isso que você vai ganhar uma bolada.
                 Zoubianis pensou um pouco. Era uma fortuna por um trabalho fácil.
                 — Só uma pergunta, Trish. Por que você está tão interessada nisso?
                 Trish demorou um pouco para responder.
                 — Estou fazendo um favor para uma amiga.
                 — Deve ser uma amiga especial.
                 — É, sim.
                 Zoubianis deu uma risadinha e segurou a língua. Eu sabia.
                 — Olhe aqui — disse Trish, soando impaciente. —Você é bom o suficiente para identificar esse
          IP oculto? Sim ou não?
                 — Sim, eu sou bom o suficiente. E sim, eu sei que estou na palma da sua mão.
                 — Quanto tempo vai levar?
                 — Não muito — disse ele, digitando enquanto falava. — Devo precisar de uns 10 minutos mais
          ou menos para entrar em uma das máquinas dessa rede. Quando estiver lá dentro e souber o que estou
          vendo, ligo de volta.
                 — Obrigada. E aí, tudo bem com você?
                 Só agora ela pergunta?
                 — Trish, pelo amor de Deus, você me liga em noite de play-off e agora quer jogar conversa fora?
          Quer que eu entre nesse IP ou não?
                 — Obrigada, Mark, fico muito agradecida. Aguardo sua ligação.
                 — Quinze minutos. — Zoubianis desligou, pegou a tigela de salgadinhos e ligou o som da TV.
                 Mulheres.


          CAPÍTULO 28

                 Para onde estão me levando?
                 Enquanto  apertava  o  passo  para  acompanhar  Anderson  e  Sato  rumo  às  profundezas  do
          Capitólio, Langdon podia sentir o ritmo das batidas de seu coração aumentar a cada degrau que descia.
          Primeiro, passaram pelo pórtico oeste da Rotunda, depois desceram uma escadaria de mármore e, em
          seguida, andaram na direção contrária à que tinham vindo, atravessando um portal largo para entrar na
          célebre sala que ficava logo abaixo do chão da Rotunda.
                 A Cripta do Capitólio.
                 O ar ali era mais pesado e Langdon já estava se sentindo claustrofóbico. O teto baixo da cripta e
          a luz suave que vinha dele acentuavam a circunferência robusta das 40 colunas dóricas necessárias
          para sustentar o vasto piso de pedra diretamente acima de suas cabeças. Relaxe, Robert.
                 — Por aqui — disse Anderson, andando depressa ao dobrar para a esquerda no amplo espaço
          circular.
                 Felizmente,  aquela  cripta  ali  não  abrigava  nenhum  corpo.  Em  vez  disso,  continha  diversas
          estátuas, uma maquete do Capitólio e uma área rebaixada onde ficava guardado o estrado de madeira
          sobre o qual eram dispostos os caixões nos funerais de Estado. O grupo passou depressa por ali, sem
          um olhar que fosse para a estrela de quatro pontas no centro do piso onde outrora ardera a chama
          eterna.
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